Introdução: A Síndrome de Burnout - SB na qual o trabalhador perde o sentido de sua relação com o trabalho, ocasionada por diversos fatores ligados às características pessoais e do trabalho, apresenta uma alta prevalência no trabalhador da educação, e por isso, tem chamado a atenção dos estudiosos. Objetivo: Realizar uma revisão integrativa da literatura a fim de identificar as consequências da SB em professores da educação básica. Materiais e métodos: Foram utilizadas as bases de dados do PUBMED, Periódicos Capes e Google Scholar, realizada em maio de 2020, com os descritores “Esgotamento profissional” AND “Docência” AND “Ensino fundamental e médio” e “Burnout” AND “Teaching” AND “Education, primary and secondary”. Resultados: A partir dos 13 artigos selecionados, identificou-se que os fatores organizacionais e do trabalho estão associados à sobrecarga de tarefas, a ter menos experiência profissional, ao aumento da demanda em sala, aos relacionamentos interpessoais conflituosos, e à falta de apoio social, predispõem o docente à SB. A consequência disso é o presenteísmo, ou seja, trabalho exercido mediante às condições de sofrimento/adoecimento, o afastamento de docentes jovens em início de carreira, a aposentadoria precoce naqueles experientes e eficientes, e a repercussão negativa na qualidade da aprendizagem nas escolas. Conclusão: A Síndrome de Burnout em professores da educação básica deve ser prevenida não só pelos danos que podem causar à saúde mental e física desses, mas também pela influência no ensino das escolas, e, deste modo, medidas de políticas públicas são necessárias para a prevenção do problema na categoria para além do processo de alteração do estado de saúde, numa perspectiva de fenômeno psicossocial, direcionando a atenção para os processos coletivos, e a detecção precoce pode ser utilizada juntamente com as atividades educativas para a realização de tratamento adequado.