REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 5 (2021)

Tamanho da fonte:  Menor  Médio  Maior

NEONATO COM OSTEOGÊNESE IMPERFEITA EM PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA (PCR): UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Greice Kely Oliveira de Souza, Tamyres Lopes Santana de Carvalho, Erica Luzia Sales Murici de Jesus, Alessandra Rabelo Gonçalves Fernandes, Verena de Araújo Ribeiro Esquivel

Resumo


INTRODUÇÃO: Osteogênese imperfeita (OI) é uma doença caracterizada por fragilidade óssea causada por defeito qualitativo ou quantitativo do colágeno tipo 1, sintetizado por osteoblastos. Acomete 1 em cada 20 a 50 mil nascidos vivos e faz parte do conjunto de doenças raras. A OI possui treze subtipos que variam conforme a gravidade. O colágeno tipo I é a principal proteína estrutural do osso e de outros tecidos. As fraturas podem ocorrer em qualquer fase da vida, principalmente durante a infância. OBJETIVO: Relatar a experiência na assistência a um neonato com OI em parada cardiorrespiratória. RELATO DE EXPERIÊNCIA: Trata-se de um relato de experiência sobre a vivência de uma parada cardiorrespiratória em um neonato com diagnóstico de OI, internada em uma UTI pediátrica de um Hospital Universitário de Salvador – BA, no mês de janeiro de 2020. A ressuscitação cardiopulmonar (RCP) é o conjunto de medidas que têm como objetivo evitar ou reverter a morte prematura de pacientes com as funções respiratória e circulatória ausentes ou gravemente comprometidas. Em crianças, a RCP está indicada na PCR e na bradicardia com hipoperfusão. Na situação vivenciada, foram iniciadas as manobras de suporte avançado de vida, intubação orotraqueal e assistência ventilatória. Além disso, houve a necessidade da utilização de drogas vasoativas e sedação leve para conforto no suporte ventilatório mecânico. Em consequência da compressão cardíaca, foi observadas, fraturas no tórax, demonstrando a necessidade de um protocolo para pacientes com OI. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O relato de experiência permite concluir a urgência na elaboração de protocolo específico para RCP em pacientes com OI. Ademais, outros estudos devem abordar a temática, uma vez que a literatura já aponta uma maior incidência de casos de fraturas e complicações em decorrência das manobras de compressão nos pacientes com diagnóstico de OI.




ISSN 2179-1589

PUBLICAÇÕES UNIVERSO