Introdução: O câncer de pulmão não-pequenas células (CPNPC) representa 85% das neoplasias primárias de pulmão. Objetivo: identificar o perfil epidemiológico e os fatores intrínsecos e extrínsecos que influenciam na sobrevida de pacientes portadores de CPNPC. Método: tratou-se de uma revisão integrativa da literatura com levantamento nas bases de dados MedLine e Lilacs. Abarcaram-se estudos publicados em português, entre 2010 e 2020, com texto completo disponível. A estratégia de busca incluiu os descritores: “Neoplasias Pulmonares” e “Sobrevida” e as correspondentes em inglês: “Lung Neoplasms” e “Survival”. Foram incluídos 14 artigos. Resultados e discussão: o CPCNP prevalece em homens, apresentando-se crescente nas mulheres. Sua incidência é maior em indivíduos acima dos 50 anos. A taxa de sobrevida em 5 anos no Brasil é de 18%, semelhante às taxas globais. Na maioria dos casos o diagnóstico é realizado tardiamente e apresenta-se em estádio avançado. Entre os fatores intrínsecos que mais influenciam na sobrevida destacou-se o paciente com mutações genéticas. Dentre os extrínsecos, o tabagismo é o principal.  Outros fatores foram relevantes para a sobrevida, como a presença da caquexia nos seis meses anteriores ao diagnóstico e a dificuldade no acesso a tratamentos mais complexos. Tanto na rede privada/suplementar quanto na pública os diagnósticos ocorrem tardiamente, reflexos da ausência da cultura prevencionista. Conclusão: o modelo prevencionista deve ser mais presente no contexto de saúde no Brasil, pois esta ainda é a melhor forma de se evitar que mais pessoas sofram as consequências da doença. Contribuições e implicações para a Enfermagem: os estudos subsidiam a atuação profissional nas medidas de prevenção e educação em saúde em especial no combate aos fatores que agravam o quadro e consequentemente diminuem a sobrevida desses pacientes.