Introdução: Estudos envolvendo as mortes por agressão, permitem promover a visibilidade da violência em âmbito nacional, em especial quando essa é praticada no domicílio. Objetivo: analisar os óbitos por agressões ocorridos no domicílio segundo ciclo de vida, sexo e meio de perpetração da violência. Metodologia: estudo descritivo, analítico com dados secundários dos óbitos por agressão do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Sistema Único de Saúde. Foram incluídos os óbitos cujo local de ocorrência foi domicílio em 2018 no Brasil. Variáveis: ciclo de vida, sexo, meio de perpetração. Foi calculada taxa de mortalidade por 100000. Realizou-se análise não paramétrica com os testes Mann Whitney e Kruskal Wallis, considerando-se significância de 5%. Seguiu-se a Resolução do Conselho Nacional de Saúde nº510/2016. Resultados: as mortes por agressão no âmbito domiciliar, tiveram maior número médio em adultos jovens (p=0,045). O principal meio de perpetração foi arma de fogo tanto em números absolutos (159,67) quanto em taxa média (0,62/100.000) (p-valor <0,001). Contudo, entre homens e mulheres, observou-se uma diferença significante no meio de perpetração da violência, em que para eles, prevaleceu o uso de arma de fogo e para elas predominaram objetos cortantes ou contundentes (p<0,001). As demais análises não foram significantes (p>0,05). Conclusão: as mortes por agressão ocorridas no domicílio acometeram principalmente adultos jovens, sendo arma de fogo o meio de perpetração prevalente. A arma de fogo manteve-se prevalente para os homens, mas não para as mulheres. Para elas, os objetos cortantes ou contundentes, predominaram. Contribuições e implicações para a enfermagem: estudo sobre violência letal permite o conhecimento das diferenças da sua ocorrência subsidiando a atuação dos profissionais da enfermagem no reconhecimento e adoção de medidas de prevenção em todos os níveis de atuação.