Introdução: O afogamento é uma das causas externas que mais findam em morte no mundo, acometendo cerca de 500 mil pessoas por ano, especialmente em países de baixa e média renda. No Brasil é a segunda principal causa de morte em crianças do sexo masculino entre 1 e 14 anos sendo o local de maior incidência, lagos, rios e piscinas. Objetivo: identificar os cenários e perfis de afogamentos com e sem vítimas fatais. Método: revisão integrativa da literatura com a utilização do descritor: “afogamento”. Foi realizada uma busca nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde tendo como critérios de inclusão: possuir o descritor no título, ter o texto completo disponível. Assim, incluíram-se seis pesquisas na amostra. Resultados e discussão: os autores analisados mostram que os cenários de ocorrência dos afogamentos e o perfil das vítimas dependem muito das condições socioeconômicas e das características étnicas da população, pois, em países em desenvolvimento como o Brasil, os maiores índices de afogamento são de crianças pardas do sexo masculino em locais com água corrente, já em países desenvolvidos como EUA são em piscinas, com crianças brancas, mas também do sexo masculino. Os artigos mostram que o número de casos vem reduzindo ao longo dos anos com medidas de prevenção, porém, a subnotificação é um desafio na criação de novas estratégias. Conclusão: As crianças e as vítimas dos afogamentos sofrem graves sequelas após o episódio, podendo ocorrer evolução para o óbito. Contribuições e implicações para a Enfermagem: o enfermeiro contribui com o planejamento e realização de ações educacionais. Conhecer melhor o perfil, os locais e fatores de riscos associados ao afogamento, subsidia profissionais e gestores na elaboração de ações preventivas direcionadas e efetivas.