Introdução: A Fadiga da Compaixão (FC) é uma psicopatologia cujo conceito ainda está em formação, entretanto, pode ser representada como a anulação da habilidade de um indivíduo cuidar e se sensibilizar por alguém, como uma resposta ao esgotamento na assistência de pacientes aflitos, deflagrando uma série de sintomas que vão desde o físico até o emocional e espiritual. Objetivo: Identificar como a fadiga da compaixão afeta os profissionais da enfermagem em sua assistência ao paciente. Método: Revisão narrativa de literatura, com a seleção de 20 artigos com uso dos descritores “esgotamento psicológico”, “enfermagem psiquiátrica”, “saúde do trabalhador”. Desenvolvimento: Ao conhecer um evento traumatizante, uma série de comportamentos e emoções são desencadeados nos profissionais eclodindo sintomas semelhantes aos distúrbios psicológicos, além de queixas somáticas, fisiológicas, mudanças no cotidiano que afetam o atendimento ao cliente e os relacionamentos entre equipe de trabalho. Existem intervenções diversificadas e eficazes no tratamento da FC e como um fator crítico para a prevenção está o suporte do gestor, que pode criar um ambiente laboral saudável, com relacionamentos positivos e identificar profissionais em risco. Conclusão: Em virtude do exposto, compreende-se que a FC afeta a assistência ao paciente, os relacionamentos de trabalho, além dos efeitos na vida pessoal. Difere-se das demais patologias relacionadas ao estresse como o burnout, considerando que o objeto de interação não é o mesmo e sua incidência ocorre repentinamente. Há evidências que indicam intervenções bem sucedidas tanto para tratamento quanto para prevenção da mesma. Sua incidência pode ocorrer desde a formação acadêmica, resultando em danos precoces ao profissional. Contribuições e implicações para a Enfermagem: Este trabalho possui a finalidade de contribuir com a disseminação do conhecimento a respeito da FC que ainda é pouco difundida na área da saúde, mas muito prevalente.