INTRODUÇÃO: A enfermagem tem papel fundamental nos serviços de saúde, pois a sua assistência é empreendida de maneira transversal. Nesse contexto, ela encontra-se inserida em diversas áreas na promoção do cuidado, incluindo à população em situação de privação de liberdade que, apesar de marginalizada, necessita do amparo integral e humanizado à saúde. OBJETIVOS: Descrever as contribuições da assistência da enfermagem à mulheres em situação de privação de liberdade. MÉTODO: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada nas bases Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Foram incluídos artigos completos, escritos em português e inglês, entre 2010 e 2020 e excluídos duplicados. Utilizados os Descritores Controlados de Saúde (DeCS): “Saúde da Mulher”, “Assistência de Enfermagem”, “Cárcere” (operador booleano “AND”). RESULTADOS: Foram encontrados 11 artigos, sendo 3 selecionados dentro dos critérios de inclusão. Na análise dos estudos, os materiais selecionados traçam, além dos perfis socioeconômicos das mulheres em situação de cárcere, os cuidados da equipe de enfermagem ligados ao acolhimento, a consulta de enfermagem, ações de promoção da saúde e prevenção. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO: As mulheres, dentro do sistema prisional, estão ainda mais sujeitas a situações de vulnerabilidade em saúde. Ainda que os espaços físicos sejam inadequados e os serviços de saúde ineficazes, a enfermagem consegue promover ações educativas para saúde reprodutiva e sexual das reclusas. Além de realizar o acompanhamento da situação vacinal, exame das mamas, ginecológico, e consultas de pré-natal. Dessa forma, a assistência se baseia na prevenção de agravos e promoção da saúde. CONTRIBUIÇÕES E IMPLICAÇÕES PARA A ENFERMAGEM: Vista a necessidade da atenção à saúde da mulher em situação de privação de liberdade efetiva, o aprimoramento das ações de enfermagem inseridas na dinâmica prisional, é fundamental para assegurar seus direitos.