Estudos em gerontologia apontam que trocas de apoio social são um importante preditor de saúde e que a qualidade das relações e quantidade de pessoas que as compõem tem sido associada como um importante fator para o envelhecimento saudável. Considerando que o tamanho dos telômeros tem sido utilizado como um indicador do envelhecimento e que pesquisas nessa área são escassas, o objetivo é analisar a associação entre características da rede de apoio social e o comprimento telomérico entre idosos. Trata-se de um estudo seccional analítico, desenvolvido através de inquérito domiciliar, avaliando 448 idosos residentes em Alfenas-MG. O comprimento telomérico foi obtido de DNA de leucócitos extraído de sangue venoso e posterior análise qPCR (Real Time Quantitative Polymerase Chain Reaction). Para avaliação das características da rede de apoio social utilizou-se Escala de Apoio Social do Medical Outcomes Study- MOSS. Utilizou-se o teste Qui-quadrado de Pearson na análise estatística dos dados. Observou-se maior proporção de mulheres e idosos na faixa etária de 60 a 69 anos. As redes de apoio social dos idosos avaliados são compostas, em média, por 14,5 pessoas (dp=13,2), sendo que o número médio de familiares é maior que o de amigos. Idosos que referiram renda média familiar menor ou igual a um salário mínimo, que moram sozinhos e com sintomas depressivos apresentam maior proporção de baixo nível de apoio material, apoio afetivo, interação social positiva e apoio emocional/informação. Dentre os idosos com redes sociais pequenas observou-se maior proporção de idosos com comprimento telomérico menor, sendo que a diferença nas proporções foi estatisticamente significativa. Os resultados desse estudo sugerem que o tamanho da rede social pode estar relacionado ao envelhecimento celular, o que reforça a importância de se estimular a criação e manutenção de redes sociais a fim de incentivar a assistência à saúde e ações da Enfermagem Gerontológica.