INTRODUÇÃO: A assistência de enfermagem à criança hospitalizada transcende aos cuidados físicos e para ser efetiva deve atender às necessidades emocionais da criança e seus pais/família. Os pais precisam de informações e orientações para prepararem, apoiarem e participarem antes e durante os procedimentos que serão realizados com os filhos para proporcionarem segurança emocional e conforto para as crianças e evitarem que elas se sintam enganadas ou ameaçadas por eles. OBJETIVO: Identificar como os pais comunicam os filhos pré-escolares (três a seis anos) sobre o procedimento invasivo que serão submetidos. MÉTODO: Estudo descritivo, qualitativo, realizada a partir de uma entrevista semiestruturada com 23 pais de crianças pré-escolar que participaram do projeto Hospital do Ursinho, realizado por uma universidade particular na zona norte da cidade de São Paulo em novembro de 2019. A análise dos dados foi realizada de acordo com o referencial metodológico da análise de conteúdo, descrito por Bardin, seguindo as fases de pré-análise, exploração do material e tratamento dos resultados utilizando a inferência e a interpretação. RESULTADOS: Emergiram duas categorias temáticas: “Falando a verdade para o filho”, “Utilizando de estratégias para minimizar sofrimentos e estresse com o filho”. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Constatou-se que a comunicação dos pais sobre procedimentos invasivos aos filhos se expressa, para alguns, por falar a verdade permitindo que a criança tenha confiança e se sinta acolhida. O despreparo em lidar com estas situações, também foi evidenciado, por meio da omissão, mentira, barganha e convencimento para evitar procedimentos mais dolorosos. Este estudo contribuirá para que profissionais de saúde repensem como preparar os pais para terem uma comunicação honesta com seus filhos sobre procedimentos invasivos e sejam promotores do bem-estar, evitando traumas emocionais e fortalecendo o apoio e o vínculo de confiança.