INTRODUÇÃO: A violência conjugal acarreta sérias repercussões e, muitas vezes, o espaço hospitalar é buscado no anseio de recuperação da saúde física e mental das mulheres (CAMPOS, 2015).  Frente a este contexto, este estudo objetivou identificar as intervenções desenvolvidas no âmbito hospitalar no atendimento à mulher em situação de violência conjugal. MÉTODO: Pesquisa qualitativa, descritiva, desenvolvida com 17 profissionais de saúde de uma unidade hospitalar de um município da Bahia, Brasil. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevista semiestruturada, seguida pela análise por meio da Análise de Conteúdo Temática de Bardin. A pesquisa atendeu as resoluções n.º 466/12 e 510/16 e foi aprovada pelo CEP/UFBA (Parecer n. 3.200.210 e CAAE: 08573019.0.0000.5531). RESULTADOS: Entre os colaboradores, sendo estes médicos, equipe de enfermagem e secretários, apenas dois afirmaram capacitação na área de violência conjugal. No que tange as intervenções no cuidado à essas mulheres, o material empírico permitiu a identificação de três categorias, a saber: notifica a violência conjugal; orienta sobre a reincidência da violência e a denúncia; e encaminha para outros serviços da rede. DISCUSSÃO: Apesar dos colaboradores informarem essenciais ações do cuidado, destaca a ausência de capacitação em violência conjugal, precarização presente desde a graduação incipiência e que pode acarretar intervenções não eficientes (FEITOSA, et al. 2017). CONCLUSÃO: O estudo permitiu desvelar que as intervenções no atendimento à mulher em situação de violência conjugal ocorrem através da notificação, orientação e encaminhamento para outros serviços da rede, etapas consubstanciais para o cuidado integral. CONTRIBUIÇÕES E IMPLICAÇÕES PARA A ENFERMAGEM: Ao desvelar o cuidado promovido pela equipe multiprofissional às mulheres em situação de violência conjugal o estudo sinaliza o contexto assistencial desta equipe, nesta inserida a enfermagem.