INTRODUÇÃO: O aumento da expectativa de vida e controle da natalidade têm sido associados ao aumento gradativo da população idosa e, adicionalmente, a maior prevalência de doenças crônicas degenerativas e alterações cognitivas. O declínio cognitivo pode interferir diretamente em atividades funcionais, ocupacionais e sociais do idoso; nesse sentido, a detecção precoce de alterações cognitivas e o apoio psicossocial são fundamentais.  OBJETIVO: Descrever a função cognitiva de idosos por meio da avaliação do Mini Exame do Estado Mental. MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo, transversal e quantitativo, realizado com 38 idosos assistidos em um Centro de Referência de Assistência Social localizado na Região Nordeste, em 2016. A função cognitiva foi avaliada pelo Mini Exame do Estado Mental.  Os dados foram analisados no Statistical Package for the Social Sciences, versão 20. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa, parecer n° 1.279.794. RESULTADOS: 60,5% dos idosos apresentavam comprometimento cognitivo, 10,5% eram analfabetos e 42% apresentavam escolaridade entre 1 e 4 anos.  95,7% eram mulheres e, na faixa etária de 60-69, 78,3% apresentavam comprometimento. O Mini Exame do Estado Mental demonstrou que habilidades construtivas e de linguagem obtiveram menor escore de aproveitamento, com 15,8% e 26,3% respectivamente. Entre os que apresentaram comprometimento, 34,8% conviviam com seus filhos. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO: A escolaridade e a idade podem influenciar diretamente no desempenho cognitivo, de forma que idades mais avançadas e menor grau de instrução podem relacionar-se a menor escore cognitivo. Por sua vez, a convivência familiar e social pode ser protetora a cognição. Dessa forma, aspectos biopsicossociais e escolares podem refletir no desempenho cognitivo e devem ser considerados na avaliação mental.  CONTRIBUIÇÕES E IMPLICAÇÕES PARA A ENFERMAGEM: Reconhecimento da importância da avaliação do estado cognitivo de idosos para implementação do processo de enfermagem.