Introdução: A comunicação é uma ferramenta fundamental para a interação humana. Entretanto, durante a internação em terapia intensiva, alguns pacientes necessitam de dispositivos que limitam a comunicação verbal. Assim, torna-se fundamental a utilização de estratégias que permitam aos pacientes expressarem suas necessidades. Objetivo: Construir um instrumento facilitador do processo de comunicação na terapia intensiva. Método: Elaboração de instrumento com proposta não-verbal abrangente e de fácil entendimento. Para isso, utilizou-se ilustrações autorais de uma personagem representando as necessidades. Os desenhos foram feitos à mão,  posteriormente digitalizados pelo uso da mesa digitalizadora easypen i405x e o software Kritas. Um protótipo foi levado a um Centro de Terapia Intensiva de um hospital escola e apresentado aos profissionais. A partir de suas sugestões, foram feitas adequações. Resultados: O instrumento “Prosa sem palavras” contempla 17 necessidades com descrições em português, sinalização “Sim/Não”, e alfabeto. Apresenta-se em papel sulfite A3 de gramatura 80g/m², sentido paisagem, plastificado e encadernado para facilitar a higienização. Para sua utilização, o profissional estabelece junto ao paciente, uma forma de comunicação frente às imagens: apontar o dedo, piscar, apertar a mão, entre outros. Discussão: Segundo Silveira (2005), a imagem é universal e produz entendimento imediato por indivíduos de línguas e culturas diversas. O uso de imagens no instrumento atende a esta proposta. Conclusão: O “Prosa sem Palavras” demonstra grande potencial para mediar a comunicação não-verbal entre pacientes e profissionais na terapia intensiva, sendo seu uso adequado, uma forma ágil de identificação das necessidades básicas. Contribuições e Implicações para a Enfermagem: A comunicação bem sucedida é uma habilidade fundamental para a prática da Enfermagem. Em casos em que a comunicação verbal é impossibilitada, o uso de um instrumento imagético que medie este processo é de grande relevância.