Introdução: A pandemia COVID-19 acentuou as vulnerabilidades em saúde da população em situação de rua e evidenciou a importância da habitação como um determinante social em saúde. Objetivo: Descrever as vulnerabilidades em saúde enfrentadas pela população em situação de rua no contexto da Pandemia de COVID-19. Material e Método: Trata-se de uma revisão narrativa, realizada em setembro de 2020, por meio da busca nas bases de dados PUBMED e SCOPUS, a partir do cruzamento dos descritores “Coronavirus Infections”, “Homeless Persons”, “Vulnerable Populations” articulados com o operador boleano AND. Adotou-se como critério de inclusão os artigos disponíveis na íntegra que correspondiam ao objetivo proposto pela pesquisa. Resultados e Discussão: Foram encontrados vinte e um artigos, dos quais quatro atenderam ao objetivo delineado. Notou-se que a população em situação de rua possui um maior risco de contaminação pelo SARS-CoV-2 manifestando a Síndrome Respiratória Aguda Grave 2, devido aos espaços compartilhados, dificuldade de alcançar o distanciamento físico, alta rotatividade de pessoas, instalações físicas que inviabilizam medidas de higiene e falta de acesso a máscaras, o que favorece a disseminação do vírus. Somado a isso, a alta prevalência de condições crônicas de saúde, o acesso limitado aos serviços de saúde e a baixa testagem para COVID-19, torna-os mais vulneráveis a altas taxas de infecção e mortalidade. Dessa maneira, ocasionando comprometimento da saúde mental, expondo-os ao risco de depressão, suicídio e consumo de drogas ilícitas. Conclusão: Portanto, a partir do reconhecimento dessas vulnerabilidades, é levantada a necessidade de implementar intervenções efetivas que garantam a equidade. Implicações para a Enfermagem: O enfermeiro deve prestar cuidados e promover ações de educação em saúde, baseando-se nas particularidades desse grupo, para que assim haja uma melhoria da qualidade de vida dessa população marginalizada.