Introdução: Desde dezembro de 2019 o mundo vivencia a pandemia da COVID-19. Dentre as principais medidas para combater o vírus está o uso de máscaras. Acredita-se, que, os graduandos de enfermagem, possuem conhecimento sobre a relevância dessa medida. Logo, é importante que esse conhecimento adquirido durante a sua formação seja aplicado no cenário atual.

Objetivo: Identificar o uso de máscaras entre graduandos de enfermagem durante a pandemia da COVID-19.

Método: Estudo transversal realizado em diferentes regiões do Brasil entre abril e maio de 2020, utilizando formulário online com informações gerais e a Escala de Prática do Uso de Máscara Facial com uma pontuação entre 6 e 30. Os aspectos éticos foram comtemplados.

Resultados: Participaram do estudo 419(100%) graduandos de enfermagem, sendo 371(88,5%) mulheres. Em relação à utilização de máscara em locais públicos para autoproteção 265(63,2%) relataram o uso, e 304(72,6%) informaram utilizá-las nos serviços de saúde. Entretanto, 236(56,3%) nunca utilizam no domicílio quando possuem sintomas gripais. A pontuação geral do uso de máscara foi 19,3 (DP=6,9). Observou-se que quanto maior a idade melhor a adesão a essa prática tanto para a autoproteção quanto para a proteção do outro (p<0,01).

Discussão: Tendo em vista que, no Brasil, essa prática é recente, os achados indicam uma adesão razoável entre os graduandos de enfermagem. Destaca-se ainda que o entendimento prévio sobre a importância do uso de máscara para proteger-se e para proteger o outro, pode justificar o assentimento dos alunos em utilizá-las durante a pandemia.

Conclusão: Os graduandos de enfermagem não aderiram à prática do uso de máscaras em sua totalidade tanto para autoproteção quanto para a proteção do outro e, quanto maior a idade melhor a adesão. Considerando que, serão futuros profissionais de enfermagem a valorização do uso de máscaras trará impactos e benefícios positivos para prática profissional e para a sociedade.