REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 5 (2021)

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CONFLITOS ÉTICOS E MORAIS NA ENFERMAGEM EM ONCOLOGIA PEDIÁTRICA

Lucas Thiago Pereira da Silva, Maiara Rodrigues dos Santos, Regina Szylit

Resumo


Enfermeiros de oncologia enfrentam desafios na prática clínica, experimentando incertezas e dilemas acompanhados de preocupações éticas críticas, como considerações sobre qualidade de vida e discordâncias no final da vida. Uma compreensão aprofundada dos conflitos no cuidado da criança com câncer e sua família pode ajudar enfermeiros na assistência, ao reconhecer potenciais desgastes à saúde dos profissionais de enfermagem. O objetivo desse estudo foi explorar os conflitos éticos e morais na prática de oncologia pediátrica na perspectiva de profissionais de enfermagem e a sua relação com o cuidado em final de vida. Foi uma pesquisa qualitativa, desenvolvida em hospital oncológico pediátrico. Análise temática foi conduzida com entrevistas semiestruturadas de dez profissionais de enfermagem. Foi obtido parecer favorável do Comitê de Ética em PesquisaA análise de dados permitiu a identificação de três categorias: (1) Vivenciando conflitos éticos e morais na prática profissional, que descreve múltiplos conflitos percebidos pelos profissionais na prática, com ênfase nos dilemas relacionados ao sofrimento no cuidado de crianças em final de vida; (2) Desenvolvendo a resiliência moral, que representa o impacto positivo na vida pessoal e profissional, vivenciados como consequência dos constantes conflitos no trabalho; e (3) Buscando estratégias para lidar com os conflitos, que descreve o mecanismo pelo qual os profissionais enfrentam tais conflitos no dia a dia. Este estudo contribui com os profissionais de enfermagem ao permitir identificar estratégias para o enfrentamento e resolução de conflitos éticos e morais, além do desenvolvimento da resiliência moral contrapondo os conflitos vivenciados pela enfermagem. Acredita-se que, com esses dados, seja possível atenuar danos aos profissionais e ao paciente pediátrico e sua família, já afetados pelo sofrimento da doença, por permitir melhor compreensão dos conflitos na prática clínica da oncologia pediátrica. 




ISSN 2179-1589

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