Introdução: O Ministério da Saúde (MS) recomenda o aleitamento materno exclusivo por seis meses e complementado até os dois anos ou mais, contudo, para que ocorram avanços nesta prática, o Agente Comunitário de Saúde (ACS) tem papel fundamental. Objetivo: Identificar o conhecimento dos ACSs sobre o aleitamento materno. Método: Estudo quantitativo, descritivo, integrante de uma pesquisa maior denominada “Análise do conhecimento dos agentes comunitários sobre o cuidado pré-natal no município de Senhor do Bonfim-BA”. Fizeram parte do estudo todos os ACSs que atuavam nas unidades do município, totalizando 175 profissionais. A coleta de dados ocorreu entre dezembro/2019 e fevereiro/2020, a partir da aplicação de um questionário autoaplicado preenchido pelos profissionais nas unidades de saúde onde trabalhavam. Devido a perdas durante a coleta, 153 ACSs participaram do estudo. Foi considerado como conhecimento adequado quando o profissional assinalou corretamente 70% ou mais das questões sobre o aleitamento materno. Resultados: 95,5% dos ACSs apresentaram conhecimento adequado sobre amamentação. Entretanto, observou-se maior desconhecimento em alguns tópicos: 56,2% assinalaram que a criança deve mamar obrigatoriamente a cada 3 horas para não acordar durante a noite; 50,3% informaram que a cada 10 minutos deve haver troca da mama durante a mamada; 21,6% acreditam que sabonetes e cremes são indicados para o cuidado com as mamas. Discussão: Destaca-se que o MS preconiza que a amamentação seja realizada em livre demanda, a troca da mama deve ser feita quando a criança esvazia bastante a mama e o uso de substâncias tópicas na aréola e mamilo deve ser evitado. Conclusão: Os ACSs possuem adequado nível de conhecimento sobre amamentação. Todavia, equívocos importantes foram observados, o que pode comprometer a qualidade do trabalho desses profissionais. Contribuições e implicações para a Enfermagem: Esta pesquisa contribui para que sejam delineadas as principais dificuldades dos ACS, possibilitando capacitações sobre o tema.