MORTALIDADE POR LESÃO RENAL AGUDA NA POPULAÇÃO BRASILEIRA
Resumo
Introdução: A mortalidade dos pacientes com lesão renal aguda (LRA) permaneceu elevada nas últimas décadas, apesar dos avanços diagnósticos e terapêuticos ocorridos. Objetivo: Descrever o perfil de mortalidade causado por LRA no Brasil entre 2008 e 2018. Método: Estudo transversal em que os dados foram obtidos a partir do Sistema de Informação de Mortalidade do Sistema Único de Saúde DATASUS no período de 2008 a 2018. Resultados: No período avaliado as doenças do aparelho geniturinário corresponderam a oitava causa de óbito no país totalizando 343.123 óbitos, média de 31.193/ano. Destes óbitos 34,5% foram relacionadas as doenças renais e a LRA foi responsável por 42.479 (22,8%). A maioria dos óbitos ocorreram no sexo masculino, 54,5%. A maior parte dos casos foi identificada idosos na faixa etária de 60 a 79 anos, 40,2%. A raça branca correspondeu a maioria dos casos, 52,7%. Quanto ao nível de escolaridade a maior parte tinha entre 1 e 3 anos 25,71%. A região Sudeste apresentou 44,5% dos óbitos. Discussão: A IRA é a condição responsável por 2 a 7% de admissões hospitalares, variando de 36% a 67% em pacientes internados em Terapia Intensiva. Conclusões: A mortalidade por LRA no Brasil no período analisado demonstra uma maior parte dos óbitos em pessoas do sexo masculino, idosos, raça branca, baixo nível de escolaridade e com aumento no número de óbito ao longo do período avaliado. Contribuições e Implicações para enfermagem: A LRA é uma complicação frequente em pessoas hospitalizadas, estando associada a altas taxas de mortalidade e permanência mais prolongada nas unidades de internação. O conhecimento da equipe de enfermagem sobre insuficiência renal é fundamental para ações de monitoramento e prevenção da LRA.