Em 2019, na China foi identificado um novo subtipo de vírus da família COVs, conhecida atualmente como COVID-19, resultando em uma das maiores pandemias da década. Em uma capital do Sul do Brasil, como forma de rastreamento dos casos e aprimoramento das medidas de controle do novo vírus, foi instituído um centro de testagem rápida para COVID-19 em formato de drive-thru, organizado em um terminal rodoviário municipal. Objetivo descrever a experiência vivida por duas enfermeiras residentes em Saúde da Família atuando em um drive-thru de testagem rápida para COVID-19. Metodologia: estudo descritivo, com abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência. Resultados: Compreensão de uma nova dinâmica em serviço, correlacionando como a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) organiza o trabalho profissional em territórios diversos, com curto espaço de tempo e vivenciando situações de calamidade pública. Visualização das articulações entre a Atenção Básica e a Vigilância Epidemiológica, valorizando a potência desta união e reconhecendo as possibilidades da rede para controle da pandemia, enfatizando que o diagnóstico e isolamento precoce são as principais ferramentas para evitar as superlotações nos hospitais, que aumentaria o número de desassistidos e, consequentemente, de mortes. Conclusão: a reconfiguração de cenários do cotidiano como territórios para realizar o cuidado enfatizou na prática que a SAE ocorre em diversos espaços, imergindo seus desafios para ser instituída, provocando um novo aprendizado em serviço através da confecção e articulação de uma dinâmica diferente de trabalho, que se deu pela atuação em formato de drive thru com o objetivo de diminuir a propagação do coronavírus. Contribuições e implicações para a Enfermagem são o reconhecimento e utilização da Sistematização da Assistência em Enfermagem em múltiplos territórios, e a importância do papel do enfermeiro no combate ao covid-19 em diferentes cenários.