Introdução: O aleitamento materno (AM) é considerado uma estratégia fundamental para redução da morbimortalidade infantil. Contudo, a presença de traumas mamilares é um dos eventos que mais podem impactar negativamente nesse processo. Objetivos: Identificar os fatores associados ao surgimento de traumas mamilares em nutrizes durante o pós-parto. Método: Pesquisa de corte transversal desenvolvida com 48 mulheres na Maternidade e em uma Unidade de Saúde da Família em Senhor do Bonfim/BA. A captação de mulheres no pós-parto ocorreu durante os meses de fevereiro e março. O contato inicial e coleta dos dados foi realizado pelo Grupo de Apoio ao Aleitamento Materno (GAAM), e a análise deu-se através do Software Statistical Package for the Social Sciences – SPSS versão 22. Foram calculadas as frequências, p-valor, índice de confiança (IC) e Razão de prevalência (RP). Resultados: Observou significância estatística em mulheres que tiveram trauma mamilar anterior, comparado com as mulheres que já haviam lactado e tido trauma mamilar (RP = 0,46; p = 0,03; IC = 0,27 - 0,77). Quando amamentadas quando bebê tiveram RP de 0,78 em comparação às que não foram amamentadas. Primigestas apresentaram maior prevalência (RP = 1,97), comparadas com as multíparas. As que não tiveram aborto apresentaram uma RP de 0,58 vezes, comparadas com as que tiveram aborto.  As que tiveram parto via cirúrgico apresentaram uma prevalência maior de 1,18 vezes, comparadas com as que tiveram parto via vaginal/normal. Discussão: Dado o exposto, a única variável que se mostrou estatisticamente significante foi não ter tido trauma mamilar anterior se mostrando como fator de proteção. Conclusão: Constata-se que o presente trabalho é útil por apresentar os fatores que estão associados ao trauma mamilar. Contribuições e implicações para a Enfermagem: Esta pesquisa contribui para a enfermagem no que tange a promoção do AM, ao reconhecer a etiologia dos traumas mamilares.