REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 5 (2021)

Tamanho da fonte:  Menor  Médio  Maior

TAXA DE PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA DIFÍCIL EM ADULTOS ATENDIDOS EM UMA UNIDADE DE HEMODINÂMICA

Jonathan William de Oliveira Gomes, Silmara Elaine Malaguti Toffano, Taynara Souza de Oliveira, Damiana Aparecida Trindade Monteiro, Viviane da Silva Alves Filgueira

Resumo


 

A maioria dos pacientes internados necessita de um cateter venoso periférico (CVP) para administração de fluídos e medicamentos, por ser uma alternativa de baixo custo e menor risco de infecção da corrente sanguínea. No entanto, por ser um procedimento rotineiro nas instituições de saúde, nem sempre os profissionais valorizam as complicações locais, como flebite, hematoma, infiltração e extravasamento e tampouco, a dor e angústia das inúmeras punções durante a internação. A literatura descreve como punção venosa periférica difícil (PVPD) quando há duas ou mais tentativas de punção. Este estudo teve como objetivo avaliar a taxa de prevalência de PVPD em adultos atendidos em uma unidade de hemodinâmica de um hospital de ensino. Trata-se de um estudo transversal, observacional, com abordagem quantitativa e analítica. Os dados foram coletados de fevereiro a maio de 2019 utilizando-se de um instrumento para coleta de dados, composto por variáveis sociais, demográficas, clínicas e relacionadas à PVPD. O procedimento foi observado desde a seleção da veia até o sucesso na punção. Foram observados 286 adultos, sendo a maioria do sexo feminino, com idade entre 18 a 89 anos. Antecedentes prévios mais prevalentes foram: Hipertensão Arterial Sistêmica, histórico de PVPD e alterações cardiovasculares. A maioria teve sucesso na primeira tentativa de punção (N=247/ 86,4%). Homens tiveram uma taxa de PVPD maior do que as mulheres (13 e 10%, respectivamente). Doenças cardiovasculares, favorecem a aterosclerose, endurecimento das veias e redução do lúmen e a PVPD está associada com o aumento da idade. O sucesso na primeira tentativa de PVP foi relevante, mas antecedentes prévios que podem dificultar a PVP foram identificados e devem ser considerados antes de puncionar a veia. Os dados apontaram a necessidade de mudança na formação dos profissionais de enfermagem, para que possam desenvolver protocolos de assistência que considerem fatores de risco associados à PVP.




ISSN 2179-1589

PUBLICAÇÕES UNIVERSO