O USO DA ESCALA DE DOR EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL
Resumo
Introdução: Os neonatos criticamente doentes internados em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal são rotineiramente submetidos a uma série de procedimentos dolorosos, o que tem sido um problema significativo durante a hospitalização, em média são realizados 14 procedimentos dolorosos diariamente. Objetivo: avaliar a aplicação da Escala de Avaliação da Dor no Recém-Nascido pela equipe de enfermagem de uma Unidade de Terapia Intensiva neonatal. Método: trata-se de um estudo transversal de abordagem quantitativa. Participaram 30 profissionais da equipe de enfermagem atuantes na unidade de terapia intensiva neonatal. Resultados: 25 (83,3%) dos profissionais consideram a dor como quinto sinal vital e 30 (100,0%) consideram importante avaliar a dor rotineiramente, 23 (76,7%) afirmaram conhecer alguma escala para avaliação da dor no recém-nascido. Dos recém-nascidos avaliados 27 (90,0%) apresentaram choro vigoroso ou fraco durante um procedimento doloroso, 23 (76,7%) exibiram face contraída, 28 (93,3%) manifestaram flexão/extensão dos braços, 27 (90,0%) realizaram flexão/extensão das pernas e 21 (70,0%) dos recém-nascidos apresentaram padrão respiratório diferente do basal. Discussão e Conclusão: a avaliação da dor deve ser realizada durante a rotina da assistência aos recém-nascidos, mesmo sabendo de sua importância muitos profissionais não o realizam e não fazem o uso das escalas adotadas pelo serviço. Contribuições e implicações para a Enfermagem: o uso de escalas auxilia a Enfermagem a realizar a Sistematização da Assistência de Enfermagem reduzindo assim o tempo de internação do recém-nascido, é de grande importância que a equipe tenha conhecimento de escalas e tenha a avaliação da dor como um sinal vital.