REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 5 (2021)

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A CONSTRUÇÃO DO DELÍRIO:DA PSIQUIATRIA À PSICANÁLISE

gladston Santos silva, Elisiene Chaves Fagundes, Lívia Marina de Oliveira Vale

Resumo


A concepção de delírio nunca foi unânime entre os proponentes da psiquiatria clássica e sequer o é na psicopatologia contemporânea. Ao ser tomado como objeto de estudo pela psiquiatria, o delírio reduziu-se a mero sintoma de doença mental a ser extirpado. Freud opera uma subversão dessa lógica ao apontar o delírio como um processo de tentativa de cura. Já Lacan indica a metáfora delirante como uma das soluções psicóticas capaz de fazer suplência ao Nome-do-Pai foracluído. A proposta deste artigo, realizada através de revisão bibliográfica, é analisar as alterações do conceito de delírio ao logo da história, perpassando pelas formulações de autores clássicos da psiquiatria acerca do tema; além de contrapor as proposições da psiquiatria clássica às da psicanálise, discutindo as concepções freudianas e lacanianas a respeito da questão delirante; bem como diferenciar as etapas evolutivas que constituem o desenvolvimento do delírio na lógica quaternária esboçada pelo psicanalista francês Jean-Claude Maleval para, finalmente, refletir como é possível acolher e manejar construções delirantes na prática clínica.

Palavras-chave: Delírio.Psiquiatria. Psicanálise.Metáfora delirante


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ISSN 2179-1589

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