A febre maculosa é uma doença potencialmente fatal causada pela bactéria Rickettsia rickettsii. Essa bactéria pode infectar e causar doenças em animais como cavalos, cães, capivaras, entre outros, e também nos seres humanos, sendo, portanto, uma zoonose. O principal vetor de transmissão da doença de um animal para o outro e também para os humanos é o carrapato. Os parasitas do gênero Amblyomma cajennense, popularmente conhecidos como carrapato estrela, são os que apresentam maior relevância na transmissão da Rickettsia, esses aracnídeos parasitam principalmente capivaras, por isso, esses animais são fortemente associados a essa doença. Durante os últimos anos (a partir de 2001), tem se observado um aumento significativo no número de casos de Febre Maculosa em áreas urbanas, um fato contraditório ao que se pode intuir sobre a doença, geralmente associada a áreas rurais. Isso pode ser explicado pelo contato cada vez maior das aglomerações urbanas aos animais silvestres e também domésticos, principalmente cavalos e também pela aproximação dessas áreas à locais de vegetação nativa, aumentando os ataques de carrapatos possivelmente infectados. Mais de 90% dos pacientes com febre maculosa são infectados durante o período de abril a outubro. Os sintomas incluem febre, dor de cabeça e dores musculares. Pode haver erupções, geralmente com pele escura ou crosta no local da picada de carrapato. O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão de literatura sobre a Febre Maculosa, no que se refere à sua etiologia, ao vetor transmissor do agente etiológico, hospedeiros envolvidos e forma de transmissão, bem como levantar dados acerca da epidemiologia desta zoonose no estado de Minas Gerais, Brasil