REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 5 (2021)

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Doença de Lyme: Revisão de Literatura

Guilherme Guerra Alves, Daiane Silva Dias, Gabriella Andrade Souza, João Paulo Batista Gomes, Jussara Batista de Souza Gomes, Kaio Felipe Severino Anastácio, Larissa Gonçalves Mendes e Silva, Michele Maria Marques

Resumo


A Doença de Lyme ou Borreliose de Lyme é uma infecção bacteriana sistêmica causada por bactérias espiroquetas do gênero Borrelia. É uma doença não contagiosa e transmitida pela picada de carrapatos do gênero Ixodes e no Brasil especialmente pela espécie Amblyomma cajennense, também conhecido como “carrapato estrela”, a mesma que transmite a febre maculosa. É considerada uma zoonose, pois pode infectar humanos e animais. É endêmica em áreas com presença de animais silvestres, carrapatos e florestas, sendo pouco relatada no Brasil. Nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Norte, Pará e Amazonas há relatos de casos isolados da doença. O quadro clínico apresenta amplo aspecto podendo desencadear manifestações cutâneas, articulares, neurológicas e cardíacas. O diagnóstico é feito a partir de características clínicas, dados epidemiológicos e exames laboratoriais. Já o tratamento é realizado com o uso de antibióticos próprios conforme o estágio em que a doença se encontra. Por ser doença rara em território nacional caracteriza-se como agravo inusitado, portanto de notificação compulsória e investigação obrigatória indicando que a população esta em risco. A notificação compulsória é obrigatória a todos os profissionais de saúde: médicos veterinários, enfermeiros, médicos, odontológicos, biólogos, e outros no exercício da profissão assim como responsáveis por organizações, estabelecimentos públicos e particulares de saúde e ensino ou qualquer outro cidadão, utilizando ficha de notificação e investigação do Sistema Nacional de Agravos de Notificação/SINAN. Essas notificações devem ser feitas à Secretaria Municipal de Saúde em no máximo 24 horas. Até o momento não existe uma padronização técnica satisfatória para o diagnóstico laboratorial e microbiano por se tratar de uma doença com sinais clínicos variados apresentando sintomas que podem ser confundidos com outras patologias como meningite assépticos, febre reumática, artrite reumatóide, lúpus eritemoso sistêmico, entre outras; É importante que se desperte a atenção para essa doença entre profissionais, estudantes e pesquisadores da área da saúde visando uma maior busca por conhecimento e contribuindo para o diagnóstico e tratamento mais eficientes, bem como o desenvolvimento de vacina.


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ISSN 2179-1589

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