A paralisia cerebral (PC) é definida como um grupo de desordens permanentes do movimento e da postura causada por um distúrbio não progressivo que ocorreu no cérebro em desenvolvimento do feto ou do bebê. A espasticidade é definida como um aumento da resistência muscular à mobilização passiva, sendo dependente da velocidade de estiramento muscular, muitas vezes associada a uma hiperreflexia secundária. Dentre os tratamentos utilizados para a reabilitação destes pacientes, atualmente vem sendo utilizada amplamente como tratamento terapêutico para doenças neuromusculares a toxina botulínica (TBA) tipo A uma proteína produzida por uma bactéria anaeróbica chamada Clostridium botulinum. Objetivos: Revisar bibliograficamente a ação da toxina botulínica em pacientes com paralisia cerebral do tipo espástica associada a fisioterapia neurológica para diminuição da espasticidade e ganho de amplitude de movimento. Método: Trata-se de uma revisão bibliográfica qualitativa e quantitativa, de estudos publicados no período de 2001 a 2017, estudo prospectivo de intervenção longitudinal e estudo quase experimental, nos bancos de dados eletrônicos LILACS, MEDLINE e Scielo. Conclusão: A atuação da fisioterapia neurológica associada a aplicação de toxina botulínica (TBA) em crianças diagnosticadas com paralisia cerebral (PC) do tipo espástica, tem mostrado ganhos satisfatórios em relação a diminuição da espasticidade, no ganho de amplitude de movimento (ADM), funcionalidade, melhora na qualidade da marcha e equilíbrio. Apesar de ser necessário mais estudos na área, concluímos que dentro da literatura já pode ser observado que de fato a combinação dos tratamentos deve ser vista como benéfica e eficaz no quadro clínico destes indivíduos.