A aula invertida é uma metodologia de ensino amplamente utilizada no meio acadêmico, principalmente em disciplinas com altos índices de reprovação e que consequentemente demandam uma abordagem pedagógica diferente, focando melhorar o desempenho da turma. Essa metodologia força o discente a participar das aulas e expor a sua linha de raciocínio, permitindo ao docente conduzir a aula com mais foco e atuando exatamente nos pontos onde surgirem dúvidas e divergências. Esta metodologia também tem sido utilizada na Harvard University e no Instituto de Tecnologia de Massachusetts – MIT nos cursos de ciências exatas e têm inovado seus métodos de ensino, pois buscam adequar a aula invertida para que possam explorar os avanços das tecnologias educacionais, bem como minimizar a evasão e o nível de reprovação em disciplinas como Física. A aula invertida obriga os discentes a pensarem sobre os argumentos a serem desenvolvidos, isto permite ao instrutor fazer o retorno aos alunos explicando a resposta correta e complementando com questões relacionadas, se necessário. O ciclo é então repetido com outro tema até que todos os pontos propostos sejam abordados. A mudança da mentalidade discente em relação ao que esperar de uma aula é visto em geral como o principal desafio à implantação desta metodologia, e o professor que também precisa aprender a lidar com essas expectativas e entender que ele não é mais o único a ditar o ritmo das interações e a deter o poder do conhecimento. Cabe a ele mediar o desenvolvimento do aluno para ser um formador de opinião e de conhecimento, e a aula invertida é uma excelente ferramenta para acabar com a cultura em ciências exatas de se abaixar a cabeça e fazer contas e começar a entender o porquê de se fazer aqueles cálculos matemáticos.