REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 3 (2018)

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INCAPACIDADES E RETORNO AO TRABALHO EM PACIENTES SOBREVIVENTES DE CÂNCER UTERINO.

Juliana Aguiar, Regina Aguiar, Luciana Mesquita

Resumo


O câncer de colo uterino, dentre todos os tipos de câncer, ocupa o sétimo lugar no ranking mundial que mais acomete a mulher. No Brasil, é o quarto tipo de câncer mais comum na população feminina, e é causado pelo papiloma vírus humano (HPV), entre seus 13 tipos oncogênicos, HPV16 e HPV18 são os mais comumente relacionados com o aparecimento da doença. É importante avaliar os impactos do tratamento de câncer de colo uterino nos aspectos relacionados ao trabalho e retorno às atividades ocupacionais após o tratamento, uma vez em que a participação da mulher no mercado de trabalho tem crescido consideravelmente, muitas vezes a mulher acumula função de chefe de família, mãe e provedora da renda familiar. Limitações que surgem em função do tratamento oncológico repercutem negativamente sobre toda a família. Objetivo: Identificar as incapacidades que acometem as mulheres submetidas ao tratamento câncer de colo uterino, fatores que geram muitas das vezes afastamento do trabalho, mudança de função e até aposentadoria por incapacidade de exercer atividades laborativas. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, observacional que utilizou de dados secundários coletados por meio de questionários baseados no inquérito do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desenhado para este estudo, e aplicados a pacientes submetidas a tratamento de câncer de colo uterino.  Resultados: A amostra constou de 91 mulheres, submetidas ao tratamento de câncer de colo uterino (cirurgia exclusiva, quimiorradiação e cirurgia associada à quimiorradiação). A maioria das mulheres avaliadas com estado civil casadas. Quanto á escolaridade, o nível fundamental foi prevalente nos três grupos, referente à ocupação, a prevalência foi da categoria de serviços domésticos, que incluía as ocupações do lar, diarista, doméstica e serviços gerais. O rendimento bruto dessas mulheres foi de em média de 2 a 4 salários mínimos para os três grupos. A maioria cumpria carga horária de 21H à 30H semanais. Na comparação entre o tipo de tratamento e mudança de função, revelou-se que houve um grande número de afastamento e mudança de função durante o tratamento oncológico e permanência dessa mudança de função após o tratamento.

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ISSN 2179-1589

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