Esta resenha aborda o institucionalismo pela análise de quatro trabalhos. O primeiro é o de Meyer e Rowan (1977), que sustenta o argumento de que as organizações são influenciadas por mitos institucionais, e sua estrutura é mais influenciada por estes mitos do que pelas necessidades de eficiência organizacional. Para os autores, as empresas adotam práticas que buscam a legitimidade, aumentando suas perspectivas de sobrevivência.

            Em seguida será abordada a visão de DiMaggio e Powell (2005), a qual afirma que o mecanismo de racionalização e burocratização se deslocou do mercado competitivo para o Estado e para as categorias profissionais. Desta forma, ao tentar transformar as organizações, os atores acabam por deixa-la mais parecidas, conduzindo ao isomorfismo organizacional.

            O terceiro trabalho abordado é o de Caldas e Fachin (2005), que lança um olhar sobre a evolução das teorias organizacionais a partir da década de 1980. Tomando como ponto de partida o desenvolvimento do estruturalismo, os autores oferecem um texto que serve de guia para debates, mostrando os últimos 25 anos das novas teorias funcionalistas, principalmente no que diz respeito às contribuições do neo-institucionalismo para estas pesquisas.

            Por fim, será analisado o texto de Carvalho, Vieira e Silva (2012), o qual faz uma abordagem teórica de posicionamento sobre da origem da teoria institucional, contrapondo-se às versões propaladas ao final da década de 1970. Representa uma reflexão crítica aos processos de isomorfismo que reduzem a importância das trajetórias históricas do contexto organizacional e as transformações que se processam nele. O argumento central destes autores é que houve uma inflexão da teoria para uma concepção mais conservadora, no sentido de se adotar cenários excessivamente mais reduzidos na compreensão da dimensão local (realidade brasileira) à luz de outras realidades no jogo internacional, o que configuraria em um motivo de preocupação para os intelectuais que discutem a teoria do institucionalismo no Brasil.