REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 2 (2017)

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VIGOREXIA E INSATISFAÇÃO COM A IMAGEM CORPORAL EM ESTUDANTES DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Vilma Fernandes Carvalho, Rosemary Moreira Pouças, Danilo Prado Faria

Resumo


A insatisfação com a imagem, assim como o nível de dependência psicológica ao exercício físico em atletas e frequentadores de academias de musculação, são resultados de fatores culturais que inserem no sexo masculino uma tendência de acatar como ideal um físico mais forte e volumoso, o que demonstra uma contraposição da prática de atividade física voltada para a melhoria dos aspectos fisiológicos, psicológicos e sociais. O presente estudo teve como objetivo observar os níveis de insatisfação com a imagem corporal e a dependência psicológica de exercício físico em estudantes de Educação Física. A natureza da pesquisa é quantitativa e é classificada como um estudo transversal de caráter descritivo. Participaram deste projeto piloto 21 homens com idade (18-39; 25,4±6,4 anos) da disciplina Educação Nutricional da Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO-BH). Neste grupo 20 praticavam atividades físicas regulares por pelo menos um ano em academia e 1 não praticava atividade física regular. Para a mensuração do nível de dependência psicológica do exercício, utilizou-se um questionário proposto por Rodrigues, et al. (2008), com 10 questões fechadas, que aborda assuntos referentes ao comportamentos na academia, treinamento e suplementação permitindo, assim, a partir do escore (baixo ≤ 16 pontos e elevado ≥ 16 pontos), caracterizar a presença ou não de comportamento vigoréxico. Para avaliação da percepção da imagem corporal foi utilizado um conjunto de silhuetas proposto por Lima et al. (2008), destinadas especificamente para homens praticantes de musculação. Os resultados apontaram uma variação da silhueta atual e ideal de 3,90 a 6,04, o que corresponde a uma insatisfação com a imagem corporal, levando em consideração um conjunto de silhuetas classificadas de 1 a 9. Três indivíduos (14,28%) apresentaram fortes indícios de vigorexia, enquanto os demais dezoito indivíduos (85,72%) estão fora dos padrões considerados vigoréxicos. A conclusão a partir desses resultados, é que, além de um desejo exagerado em aumentar a massa muscular, a vigorexia esta se tornando cada vez mais comum entre praticantes de musculação. Espera-se que este projeto piloto seja a base para o desenvolvido de pesquisa, específica para praticante de musculação, podendo-se fazer intervenções pertinentes, visando melhorar a percepção da imagem e diminuir a compulsão pela musculação.




ISSN 2179-1589

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