REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 2 (2017)

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COMPARAÇÃO DA TOLERÂNCIA E DA EFICÁCIA TERAPÊUTICA ENTRE DOIS BLOQUEADORES DO RECEPTOR DE ANGIOTENSINA II NO TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

Ademar Gonçalves Caixeta Neto, Ricardo Motta Pereira, Andréa Caixeta Gonçalves, Lilian Figueiredo Ribas

Resumo


INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma síndrome clínica de etiologia multifatorial, caracterizada pela elevação sustentada dos níveis pressóricos, associada a alterações hormonais, metabólicas e fenômenos tróficos. Possui prevalência global estimada superior a 25%, e representa um importante problema de saúde pública mundial. O controle da HAS esta baseado em mudanças no estilo de vida e no tratamento farmacológico, o qual atualmente dispõe de inúmeras classes de medicamentos, como os bloqueadores dos receptores AT1 da angiotensina II (BRA). OBJETIVOS: Comparar a tolerância e a eficácia terapêutica da azilsartana com a losartana no tratamento da HAS. MÉTODOS: Tratou-se de um estudo de revisão bibliográfica, por meio da leitura de artigos selecionados a partir de períodos nacionais e internacionais, indexados as bases de pesquisa científica Medline/Pubmed, Scielo e Lilacs, publicados a partir de 1990. As palavras-chave empregadas na busca foram: losartana, azilsartan, pharmacokinetic, pharmacodinamic, eficacy e safety. RESULTADOS: A losartana é um BRA que possui boa tolerância e discretos efeitos colaterais, administrado em doses de 25-100mg, amplamente empregado no tratamento da HAS, cuja segurança e eficácia têm sido comprovadas por meio de diferentes estudos conduzidos desde o final da década de 1980. Por sua vez, a azilsartana foi aprovada recentemente para comercialização em doses de 20-80mg, com resultados promissores quanto à tolerância e seu efeito hipotensor. Ensaios clínicos randomizados evidenciaram efeito hipotensor imediato e tardio mais potente da azilsartana em relação à losartana. Contudo, os principais efeitos colaterais relacionados ao uso da azilsartana incluem a cefaléia, tontura, fadiga, náuseas e vômitos, sendo mais frequentes quando comparados à losartana e demais BRA. CONCLUSÃO: A despeito dos efeitos colaterais descritos, a azilsartana representa uma importante alternativa no controle da HAS, para qualquer faixa etária, sobretudo naqueles pacientes refratários ao tratamento e/ou que não toleram outros anti-hipertensivos.



ISSN 2179-1589

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