A disciplina “Prática I” é uma revisão de conceitos matemáticos básicos composta por: operações com números inteiros e fracionários, potências e raízes, equações do 1º grau e 2º grau, sistemas de equações, razão e proporção, regra de três simples e composta, e resoluções de problemas.

A ideia de trazer essa disciplina para o laboratório foi de estimular o aluno a aprender utilizando fontes alternativas de recursos, neste modelo o acesso à internet, sendo que cada aluno pode consultar sites com aulas gravadas, esquemas de resolução, dicas, exercícios, questões de vestibulares e concursos com as respectivas resoluções.

Considerando que, de forma geral, os alunos tem concluído o segundo grau com deficiência no aprendizado da matemática pensou-se nesta disciplina que o professor deve revisar os conceitos básicos e a fórmula de Bhaskara, mas a partir daí deve-se priorizar o raciocínio lógico, sendo que não se deve ensinar esquemas prontos e sim deixar que os alunos busquem na internet formas de acordo com sua necessidade e nível de compreensão.

As planilhas eletrônicas estão tem seu uso disseminado em praticamente todas as organizações que utilizam computadores, e considerou-se que seria uma ótima oportunidade para iniciar o uso das mesmas na estruturação de problemas matemáticos, pois a planilha auxilia o aprendizado, uma vez que a inserção de dados para obtenção de resultados requer a estrita observância das regras e normas da matemática.

Não obstante ter-se explicado que o mercado exige alunos com habilidades em planilhas eletrônicas observou-se que diversos alunos preferem fazer cálculos sem uso do computador, utilizando calculadoras ou mesmo fazendo os cálculos à mão.

Optou-se por avaliações realizadas com consulta e nessa linha metodológica foram elaborados problemas que envolvem além de puramente cálculos, a introdução de questões com propostas que envolvem dados científicos, geográficos e de conhecimento geral. Por exemplo: foram feitos exercícios de conversão de temperatura de graus Farenheit para Celsius utilizando regra de três. O interessante é que alguns dos alunos apesar da possibilidade de consulta na internet onde encontram-se conversores de temperatura, não fizeram uso do recurso, mesmo sendo uma atividade avaliativa, e além disso não atentaram para as especificidades dessa conversão e erraram ao tentar utilizar simplesmente a regra de três simples. Em exercícios onde foram citadas áreas geográficas alguns alunos não usaram a internet para localizar os hemisférios norte e sul e chegaram a contestar dizendo que a avaliação era de matemática e não de geografia.

Considerando o exposto tem-se a percepção de que o processo de aprendizado foi bem sucedido com a metodologia implantada pois a maioria obteve notas acima da média neste primeiro semestre de 2017. Obviamente cabe uma análise e melhoria nos procedimentos adotados.

ISSN 2179-1589