REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 2 (2017)

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REFORÇO MUSCULAR NA PARALISIA CEREBRAL

Núbia Santiago Freitas

Resumo


A Paralisia cerebral (PC) é um distúrbio neurológico crônico causado por uma lesão não progressiva no cérebro imaturo, caracterizado por déficits de movimento e do controle postural. Alterações na estrutura e função corporal como, fraqueza, incoordenação e espasticidade são comumente observadas, ocasionando limitações nas atividades diárias e consequentemente, na participação social e educacional das crianças. Dentro deste aspecto, o andar de forma independente, correr ou pular e propulsar cadeiras de rodas podem estar comprometidos. Dentre as disfunções neuromusculares a fraqueza muscular está fortemente associada com limitações de mobilidade em crianças com PC, sendo este fator mais relevante que a espasticidade.

A fraqueza muscular em crianças e adolescentes com CP é multifatorial, devido a variações no tipo de fibra muscular, alteração no recrutamento de unidades motoras, aumento da coativação do antagonista durante contrações do agonista, redução no controle seletivo e redução da área de secção transversa muscular.

A abordagem ortopédica freqüentemente envolve cirurgias, porém não corrigi a fraqueza muscular. Por isso, o trabalho fisioterapêutico objetivando o desenvolvimento de força muscular adequada é importante para manter o bom posicionamento articular objetivando o bom desempenho da marcha.

Até há pouco tempo, o fortalecimento muscular em crianças com PC era desencorajado, pois se acreditava que aumentaria a espasticidade. Porém, a literatura atual não corrobora tal paradigma, por demostrar que o fortalecimento muscular pode melhorar a força dos membros inferiores em crianças com PC, sem aumentar a espasticidade. Além de proporcionar o aumento do recrutamento de unidades motoras, melhorar a capacidade de geração de força e preservar a extensibilidade funcional dos músculos. Com consequente redução da rigidez articular e a hiperativação reflexa.




ISSN 2179-1589

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