REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 2 (2017)

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DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC) EM ADULTOS: DIFERENTES MODALIDADES DE TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA E QUALIDADE DE VIDA DO PORTADOR

Amanda Balduíno, Lorena Costa Cardoso, Pedro Orsato, Priscilla Ramalho Garcez, Ricardo Motta Pereira

Resumo


INTRODUÇÃO: A doença renal crônica (DRC) constitui hoje um importante problema de saúde pública com elevadas taxas de morbidade e mortalidade. No Brasil, sua incidência cresce cerca de 8% ao ano e o gasto com o programa de diálise e transplante renal situa-se ao redor de R$ 1,4 bilhões anuais. As principais causas da DRC são a hipertensão arterial e o diabete mellitus, evolução da doença é lenta e assintomática, o que dificulta seu diagnóstico precoce. O tratamento da DRC tem a finalidade proporcionar alívio de sintomas e preservar a homeostasia corporal. O tratamento pode ser realizado por meio das diferentes modalidades de hemodiálise: convencional, diária e noturna; além do uso da diálise peritoneal, continua ou automatizada. É importante salientar que as diferentes terapias disponíveis para o tratamento da DRC não são curativas e afetam diretamente a qualidade de vida (QV) do paciente em seus diferentes aspectos: físico, psíquico e social. OBJETIVO: Evidenciar as principais modalidades de terapia renal substitutiva disponíveis na atualidade e como estas influenciam na QV do portador de DRC. MÉTODOS: Foi realizada uma revisão narrativa da literatura, dos últimos 15 anos, sobre as modalidades de terapia renal substitutiva e QV. Os artigos foram extraídos das principais plataformas de pesquisa científica como Pubmed, Scielo, BVS e Lilacs.  Foram incluídas preferencialmente estudos de revisão sistemática e trabalhos originais que utilizaram um instrumento de avaliação próprio e validado para a mensuração da QV. Excluíram-se os estudos realizados em crianças, idosos e pacientes submetidos ao transplante renal. RESULTADOS E CONCLUSÕES: Os estudos analisados sugerem uma superioridade da hemodiálise noturna sobre as demais modalidades de tratamento. Tal fato pode ser evidenciado pelo menor aumento da pressão arterial, menor metabolismo mineral e demanda de medicação durante a realização das sessões. Além disso, os estudos mostram uma melhora na QV de pacientes que passaram a realizar a hemodiálise noturna após 4 meses de tratamento, com significativa queda de uremia e índices de depressão e ansiedade hospitalar. De acordo com esses estudos, os fatores preponderantes que afetam negativamente a QV são: a baixa escolaridade, residir longe dos centros de diálise e comorbidades cardiovasculares. Os principais sentimentos apontados pelos pacientes, durante o tratamento da DRC, foram os de frustação, sobrecarga e a insegurança em relação ao emprego.




ISSN 2179-1589

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