REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 2 (2017)

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Fases da Reabilitação Cardiovascular

Monize Cristine de Oliveira Pires, Agnes Flórida Santos da Cunha, Gabriella Ferreira Vieira, Miria dos Santos Sobrinho

Resumo


A RCV deve ser considerada como parte essencial do tratamento da doença cardiovascular. A prática do treinamento físico supervisionado deveria ser encorajada, “receitada” e bem aceita, assim como é o uso contínuo de uma medicação. Ela é necessária e tem dose e duração adequadas. O programa de RCV é dividido em quatro fases: a fase 1 da RCV é realizada com o paciente internado, logo após este ter sido considerado compensado clinicamente. Nesta fase predomina o exercício físico de baixa intensidade, associado à técnicas para o controle do estresse e à programas educativos a respeito dos fatores de risco. O programa na fase 1 tem por objetivo que o paciente receba alta com o mínimo possível de acometimento de sua funcionalidade, com as melhores condições físicas e psicológicas possível, e com informações suficientes em relação a um estilo de vida mais saudável.A Fase 2 inicia-se imediatamente após a alta hospitalar ou alguns dias após um evento cardiovascular ou descompensação clínica. Nessa etapa, o paciente é avaliado por uma equipe multiprofissional, incluindo prioritariamente o cardiologista e o fisioterapeuta, que serão responsáveis pela prescrição e condução do treinamento. Essa fase tem duração prevista de três a seis meses e o programa de exercícios consiste em treino aeróbico, treino de força muscular e treino de flexibilidade, e deve ser individualizado em termos de intensidade, duração, freqüência, modalidade de treinamento e progressão.A fase 3 é a continuação da 2, porém ela pode ter início em qualquer fase da evolução da doença cardiovascular, não sendo necessariamente uma sequência das outras fases.. Com duração prevista de seis a vinte e quatro meses, as sessões ainda devem ser supervisionadas pela equipe, a intensidade do treinamento provavelmente será maior do que na fase anterior e o paciente deve ser amplamente preparado para progredir para a última fase do programa de RCV.A quarta e última fase é aquela em que as atividades não são necessariamente supervisionadas, podendo ser realizadas em ambiente domiciliar ou externo. É um programa de longo prazo, mas sem limite de duração definido. Nessa fase os principais objetivos são a manutenção e a melhora da aptidão física. As atividades, com a prescrição da carga de exercícios adequada às necessidades individuais, são propostas pela equipe da reabilitação, que deve também manter contato periódico com o paciente, a fim de orientar e suprir as necessidades que apareçam ao longo do caminho. Por fim, é pertinente falar que os hábitos de vida, o histórico social e familiar influenciam direta e/ou indiretamente o processo de adoecimento e recuperação, portanto, é importante que o paciente em fase de RCV seja acompanhado por uma equipe multidisciplinar (composta por médico, fisioterapeuta, nutricionista, psicólogo entre outros profissionais) e que essa equipe seja capaz de sistematizar o conhecimento das diferentes áreas com um objetivo único: o bem-estar do paciente.

 




ISSN 2179-1589

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