REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 2 (2017)

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Um Dedo de Prosa

Adriana Nazarete Horta Bicalho, Antonio Augusto Nogueira Matias, Clairna Andressa Farinelli

Resumo


A arte de estudar (ler e interpretar) é um exercício diário. Durante alguns anos no Brasil, fomos privados de exercer esse cotidiano. Recebíamos apenas informações parciais, muitas vezes distorcidas e o pensar crítico reflexivo, que são transformadores de comportamento, não eram estimulados. No contexto atual, as universidades promovem uma educação libertadora e espera que os alunos reflitam a realidade e produzam conhecimento crítico. E, é, por meio do trabalho intelectual, que irão descobrir suas competências, habilidades e, como consequência, aliar o conhecimento teórico a uma prática transformadora. Com a finalidade de motivar os alunos à produção intelectual, realizaremos o projeto de extensão “Um dedo de Prosa” que consiste no relato de experiências e produção intelectuais de professores da Universo. Na Universo, o “Dedo de Prosa” resgata, no meio docente, o interesse dos professores de apresentarem seus trabalhos científicos, suas experiências, relatos de suas próprias vivências, a fim de fomentar nos discentes, a importância dos estudos e trabalhos acadêmicos e, permitindo-lhes solucionar ou minimizar os seus próprios problemas de aprendizagem e criarem condições de produzir intelectualmente. No primeiro encontro do “dedo de prosa”, foram apresentados breves históricos de Santo Agostinho - filósofo da patrística - e de Hannah Arendt - teórica política contemporânea -. esses dois pensadores marcaram a produção intelectual dos séculos IV e XX, respectivamente, e extraíram de suas próprias vivências o conteúdo para as construções de seus pensamentos. Além da apresentação da vida e da obra literária do santo doutor da igreja e da filósofa moderna, os professores Adriana Bicalho, Antonio Augusto e Clairna Farinelli relataram as suas experiências como intelectuais e professores universitários. Falaram pelo gosto do saber, da importância da liberdade de expressão, da dedicação aos estudos e do empenho na produção acadêmica.  Paulo freire nos dizia que “o ato de ler, requer uma compreensão crítica, que não se esgota na decodificação pura da palavra escrita ou da linguagem escrita, mas que se antecipa e se alonga na inteligência do mundo”. A apresentação da história de pensadores clássicos e a partilha de experiência de vida dos professores representaram um estímulo para os alunos se dedicarem aos estudos e um encorajamento à leitura crítica-transformadora do mundo. Objetivamente, pelo retorno dos alunos que fizeram perguntas, debateram sobre a necessidade de uma aprendizagem crítica e reflexiva, foi possível, avaliar de forma positiva o projeto. A semente foi plantada. Com certeza produzirá bons frutos na vida intelectual dos futuros profissionais do Serviço Social.Especialista em Docência do Ensino SuperiorDoutor em Teologia e mestre em Ciências SociaisMestre em Administração



ISSN 2179-1589

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