PALAVRAS CHAVES: População de rua;Enfermagem;Consultório de rua, Políticas Públicas.

Existem hoje no Brasil milhares de pessoas em situação de rua, mas quem seriam essas pessoas? Porque estariam vivendo nessas condições? Como são desenvolvidas ações de saúde junto à população de rua e qual o papel do profissional enfermeiro?O presente trabalho contempla estudo realizado através de ações do projeto de extensão Ambiente:espaço de saúde e cidadania do Curso de Enfermagem da UNIVERSO-BH, sobre a percepção do atendimento de saúde prestado à população de rua. Identifica-se que o desenvolvimento do capitalismo, a internacionalização da economia, a urbanização acelerada,o crescimento populacional,a migração urbana, os conflitos familiares, a expansão da dependência química, a hegemonia neoliberal, entre outros termos que representam o cotidiano da sociedade, têm produzido, entre outros efeitos, um aumento considerável da população que se encontra excluída das estruturas sociais e são denominadas PSR(população em Situação de Rua).Através dessa exclusão, grande parte da população procura no ambiente da rua uma forma de estar acolhida entre seus pares e situações similares, porém nesse espaço deparam-se com riscos que podem fragilizar ainda mais a sua condição de vida, pela vulnerabilidade em que se encontram,destacando-se a saúde.Sob essa lógica, objetivou-se no estudo fazer um levantamento de informações e conhecimentos sobre a população em situação de rua e o atendimento de saúde prestado e desenvolvido com essa população através dos consultórios de rua. Objetivou-se ainda identificar um perfil dessa população, através de uma amostra sob os cuidados de uma instituição religiosa e desenvolver uma ação de saúde enquanto projeto piloto para uma aproximação  mais ampla e efetiva.Através da revisão de bibliografia e pesquisa ação, que envolveu etapas distintas, possibilitando  a aproximação dos acadêmicos de enfermagem à população de rua e de instituições que prestam atendimento de saúde a essa população, percebeu-se que essa parcela da sociedade, inserida no ambiente de rua, mantém-se enquanto cidadão,invisível  para a sociedade civil, que os identifica apenas enquanto risco social.Com relação às políticas públicas voltadas para  essa população, percebe-se que  ainda são insuficientes , requerendo ações mais efetivas e eficazes que incluem a abordagem , a vinculação dessa população a uma instituição formal e treinamento dos profissionais envolvidos nessa assistência.Destaca-se ainda a importância da inserção desse tema na formação dos futuros egressos dos cursos de saúde.