REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 2 (2017)

Tamanho da fonte:  Menor  Médio  Maior

TRATAMENTO DA COCCIGODÍNIA

Caroline Soares, Maísa Lopes

Resumo


Segundo Gonzalez et al, no artigo Coccigodínias: diagnóstico por imagem, a Coccigodínia é uma síndrome dolorosa de difícil abordagem diagnóstica e terapêutica, ainda mal compreendida por clínicos, ortopedistas e radiologistas. Não se trata de uma doença e sim de um sintoma e na maioria dos casos, a dor ocorre na posição sentada.

O sintoma de dor no cóccix é cinco vezes mais prevalente nas mulheres, pois além de apresentarem maior mobilidade, o cóccix é mais proeminente e exposto no sexo feminino devido à maior distância entre os ísquios.

Coccigodínias podem ser agudas ou crônicas, sendo importante esta distinção para o direcionamento do tratamento correto. Após dois meses de evolução, já passa a ser considerada crônica.

Os tratamentos utilizados com sucesso incluem a infiltração com corticóides e anestésico local no segmento doloroso, podendo estar associada a manobras de manipulação do cóccix, relaxamento e massagem do músculo levantador do ânus. A intervenção cirúrgica pode ser considerada na falha do tratamento clínico.

O tratamento manual é o mais antigo utilizado nas coccigodinias. As técnicas empregadas são a massagem e o relaxamento do músculo levantador do ânus, que na maioria das vezes apresenta pontos gatilhos, e a mobilização do cóccix em extensão. As técnicas são realizadas por via retal.

Segundo o estudo de Gonzalez, as taxas de sucesso destas técnicas manuais foram de 25% em seis meses e os resultados se mantiveram por dois anos. A massagem e o relaxamento foram mais efetivos do que a mobilização do cóccix nos grupos avaliados e os resultados do tratamento manual variaram de acordo com a causa da coccigodinia.

As coccigodinias compõem um vasto universo de síndromes dolorosas que devem ser abordadas de maneiras distintas do ponto de vista evolutivo, clinico e radiológico. O conhecimento amplo da anatomia, associado ao estudo radiológico funcional, traz suporte fundamental para reconhecer e classificar as lesões relacionadas à mobilidade do cóccix.



ISSN 2179-1589

PUBLICAÇÕES UNIVERSO