O conhecimento profundo dos indivíduos acerca de si mesmo, numa busca mais aprofundada por descobrir quem se é de verdade, é algo de crucial importância. A frase “conhece-te a ti mesmo”, atribuída a Sócrates, filósofo da antiguidade clássica, já chamava a atenção para um necessário mergulho no processo de autoconhecimento.

Para que os indivíduos mergulhem profundamente em sua própria essência, é preciso, porém, que alguns pontos sejam observados, para o êxito do processo em si. A princípio, quem se dispõe a se conhecer verdadeiramente, precisa estar disposto ao enfrentamento com o qual irá provavelmente se deparar, em função da descoberta de algumas características próprias que talvez não sejam tão agradáveis de conhecer.

Por outro lado, além do auto-enfrentamento por vezes doloroso, há que se pensar também nos porquês do mergulho no autoconhecimento. Com quais objetivos os indivíduos se dispõem a se conhecer é algo que merece ponderação. Por pura curiosidade, sem a devida atenção, sobretudo àquelas características comportamentais que talvez precisem ser mudadas, parece-nos desperdício de tempo e energia.

Consideradas estas questões, é importante dizer: o autoconhecimento se torna a cada dia mais indispensável. Mesmo que seja doloroso, que dê trabalho e que demande tempo razoável é a partir deste processo que ocorrem melhorias significativas em nossos relacionamentos, sejam eles pessoais, afetivos e/ou profissionais. Os benefícios são sentidos por quem está à volta, mas quem ganha mesmo é a própria pessoa que se descobre, haja vista que, quando conseguimos dar um passo no sentido de evoluirmos, ganhamos mais segurança, domínio, estabilidade emocional, autoestima e amor próprio. Em última instância, ganha a humanidade de maneira geral.