REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 2 (2017)

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Por que a sífilis em gestantes e recém nascidos ainda não foi controlada por meio da penicilina?

Walter Batista Cicarini

Resumo


Introdução: A sífilis e uma doença infecto-contagiosa conhecida a mais de 500 anos causada pela Treponema pallidium, cuja a maioria das vezes a transmissão se faz pelo contato sexual, embora possa ser transmitida por outros meios tais como, transfusão de sangue contaminado, contato com lesão muco cutâneas ricas em treponemas e por via transplacentária para o feto ou pelo canal do parto, o que configura a sífilis congênita(SC).  A sífilis congênita é dos mais graves acontecimentos preveníveis da gestação. É adquirida pelo recém nascido de gestante não tratada ou inadequadamente tratada. Cerca de 40% das gestações resultam em perdas fetais e perinatais e nas restantes, cerca de 50% dos recém- nascidos poderão sofrer sequelas físicas, sensoriais ou do desenvolvimento.  Com a descoberta da penicilina por Fleming em 1928, a história da sífilis começou a mudar. A sensibilidade do treponema a penicilina e a rapidez  da resposta com apenas uma dose são vantagens com que fazem que este medicamento seja a melhor escolha para o tratamento. Objetivo: Investigar o motivo pelo qual a sífilis se perpetua em grávidas e recém-nascidos, apesar de possuir um tratamento efetivo. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica. A base de dados pesquisados foram publicações no período de 2007 a 2014. O levantamento de dados foi realizado pela internet nos bancos de dados SciELO  (Scientific Eletronic Library Online) e em revistas científicas brasileiras. Conclusão: Mesmo a sífilis sendo uma doença com um tratamento de grande eficácia através da penicilina a problemática ainda persiste neste público alvo. A não realização ou ate mesmo a realização do pré-natal de forma incompleta ou inadequada é um dos fatores que fazem com que a sífilis ainda tenha uma alta relevância entre a população de grávidas e recém- nascidos. A falta de preparo  dos profissionais de saúde e a baixa qualidade dos serviços ofertados a população também são dados alarmantes. Ao termino do presente estudo foi possível compreender que a erradicação da sífilis ainda é possível através de medidas preventivas adequadas e melhor capacitação dos profissionais da área da saúde.




ISSN 2179-1589

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