REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 2 (2017)

Tamanho da fonte:  Menor  Médio  Maior

Freud e as Pulsões de vida e de Morte

gladston silva, Maria Helena Rocha

Resumo


O homem tem buscado diversas maneiras de evitar o sofrimento, a doença e a morte.

A nossa sociedade foi estruturada no sentido de preservar a vida. No nosso cotidiano não há espaço para a morte e o morrer.

A vida e a morte são faces da mesma moeda. A vida causa prazer e alegria enquanto a morte causa tristeza e dor.

Ao longo de sua obra Freud constrói dois dualismos pulsionais. O primeiro, introduzido e desenvolvido a partir de 1910, refere-se aos pares: pulsões do eu (autoconservação) e as pulsões sexuais (referente a sexualidade tanto  as inibidas quanto as sublimadas). E a partir de 1920 Freud associa as pulsões do eu e as sexuais dentro do mesmo grupo representadas por Eros  ou Pulsão de vida  que preserva o organismo vivo e constrói a pulsão de morte, que teria como representante o sadismo. Ela anuncia a tendência fundamental de todo ser vivo de retornar ao estado inorgânico. Segundo Freud (1920) o “objetivo da vida é a morte, e remontando ao passado: o inanimado já existia antes do vivo” (p.161).  

Não se trata de uma antítese entre uma teoria pessimista da vida e outra otimista. Somente pela ação concorrente ou mutuamente oposta das duas pulsões Eros e Thanatos é que podemos explicar a rica multiplicidade dos fenômenos da vida. 




ISSN 2179-1589

PUBLICAÇÕES UNIVERSO