O presente trabalho buscou identificar as dificuldades de inclusão social vivenciadas pelas egressas do sistema prisional atendidas pelo Programa de Inclusão Social do Egresso do SistemaPrisional (PrEsp) e qual o papel dessa instituição enquanto facilitadora para esse processo.

O Programa atende indivíduos que receberam uma sentença e sofrem cerceamento de liberdade. O objetivo do PrEsp é desenvolver ações que minimizem os estigmas decorrentes desta experiência, visando a inclusão social, além de facilitar e otimizar sua autonomia, cidadania e emancipação.

  Através da pesquisa procurou se identificar o perfil dessas egressas, bem como, as áreas que vivenciam o preconceito da sociedade no momento da inclusão social; e o estigma perpetuante carregado por elas.

 O desafio da retomada da liberdade e o convívio social é um momento permeado por grandes conflitos, dificuldades e perspectivas que acabam se configurando em dificultadores no processo de inclusão social.

A questão da discriminação contra a mulher é um processo histórico que vem se perpetuando a cada dia, uma vez que, está arraigada e incorporada no imaginário da sociedade. Quando esta mulher é egressa do sistema prisional a discriminação se intensifica, dificultando, ainda mais, o processo de inclusão social.

Após realização de pesquisa de campo realizada com as egressas no PrEsp de Belo Horizonte percebeu se uma baixa adesão das egressas ao programa, o que pode estar relacionada a diversos fatores, dentre eles a sobrecarga a que são submetidos os trabalhadores do programa, que acabam se preocupando mais em manter alimentados os relatórios e questionamentos do poder público do que com os trabalhos de acolhimento e mediação voltados às egressas, afetando diretamente a reinserção dessas à sociedade.