Este trabalho lança um olhar sobre a integração entre o Programa Bolsa Família (PBF) e o mercado de trabalho. O Programa Bolsa Família (PBF), segundo o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), integra o Plano Brasil Sem Miséria (BSM), que tem como foco de atuação os 16 milhões de brasileiros com renda familiar capita menor que R$ 85,00 ou aquelas em estado de pobreza, que possuem renda per capita de R$ 85,01 a R$ 170,00, está baseado na garantia de renda, inclusão produtiva e no acesso aos serviços públicos. A falta de mão de obra ultrapassa os limites da indústria e também afeta o comércio, que recorre cada vez mais ao treinamento de pessoal para preencher seus quadros de funcionários. O assunto é comentado amplamente e tem sido queixa recorrente do empresariado local, por vezes atribuído aos problemas na educação.

Uma grande rotatividade, segundo estudiosos da área, pode ser percebida  nas organizações, pois as empresas não conseguem reter esses profissionais. Isso gera um ciclo, onde as empresas contratam, treinam os empregados, que depois de capacitados se desligam das empresas e vão procurar novas

oportunidades de trabalho com melhores remunerações. Com todas as dificuldades, o custo de recrutamento, seleção e treinamento vêm onerando as empresas, sem que, necessariamente, este custo adicional seja garantia de contar com uma equipe qualificada para enfrentar um mercado competitivo. O Governo Federal vem incentivando a qualificação de mão de obra. Dentre os diversos programas do governo, esse estudo irá contemplar especificamente o funcionamento do Programa Bolsa Família (PBF), que tem como um de seus objetivos capacitar e reintegrar o indivíduo ao mercado de trabalho. O objetivo desse trabalho é evidenciar as possíveis contribuições do PBF para a qualificação de mão de obra para o mercado. Este é um estudo de caso, de caráter exploratório e análise qualitativa dos dados. Conclui-se que as contribuições do Programa são insignificantes mediante a necessidade do mercado e, que, há uma tendência de aumento no número de beneficiários e baixa perspectiva de qualificação pelos programas desenvolvidos pelo poder municipal.