REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 1 (2016)

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ESTUDO DE CASO EM PSICANÁLISE: SEPARAÇÃO E ACEITAÇÃO

Maurício Henriques Damasceno, Luciana Dantas de Souza

Resumo


RESUMO

 

O presente artigo trata de caso histeria e se orienta pela abordagem psicanalítica. O estudo de caso envolve, dentre outras coisas, o processo de separação e na sequência uma situação de divórcio. A questão do amor, de ser amado ou não, de amar como gostaria ou não, sempre envolveu os consultórios de psicanálise e, curiosamente, continua sendo uma questão da que se ocupam psicanalista, psicólogos e psiquiatras. A dificuldade de alguns pacientes em aceitar a perda do objeto amado, tem levado muitos indivíduos a buscar atendimento psicológico para lidar com os efeitos negativos causados pela perda. O caso a ser analisado foi acolhido no serviço escola. Trata-se de uma pessoa adulta de meia idade vivendo problemas no relacionamento amoroso e tinha persistente dificuldade em aceitar a separação, assim como também de assumir sua vida com autonomia. Elementos com a resistência  e a recusa bastante presentes em seu discurso, possibilitou-nos compreender como o sujeito histérico organiza sua vida afetiva. A insistência em manter de alguma forma o outro atuante em sua vida, é, possivelmente, um modo de se defender da angústia que ao mesmo tempo é provocada por ele. A dificuldade em aceitar um “não”, assim como o de entender que existiu um rompimento, e que um possível retorno independe de sua vontade, faz com que o paciente circule pelo mundo sem compreender qual caminho deverá tomar, se deslocando de maneira errática, sem saber exatamente aonde, o que fazer e para onde ir, mas sabe que precisa procurar algo. O trabalho analítico irá incidir na angústia de castração ligada à perda do objeto respeitando a história individual e a singularidade do paciente.

 

PALAVRAS CHAVE: Psicanálise, histeria, aceitação.




ISSN 2179-1589

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