O presente resumo possui como objetivo central perceber e traçar uma breve análise de como o sentido de vida é um construto social e existencialista a partir dos estudos de Jean Paul Sartre, e como esse ideal de vida adulta influencia psicologicamente o indivíduo, inclusive a partir do momento que o ser - humano se distancia deste modelo de “ideal” a relação do mesmo com esse sofrimento irá produzir sintomas psicopatológicos como a depressão, anorexia, compulsão e até anedonia, comportamentos esses que podem explicados pela teoria da psicanalítica de Freud, principalmente no que tange as fixações e no que cerne as neuroses e pela teoria Psicossocial do Desenvolvimento de Erick Erikson que enfoca no problema da identidade e das crises do ego, ancorado em um contexto sociocultural. Para Sartre a concepção de homem se dá através da histórica e dialética, na qual, o sujeito só pode ser compreendido levando-se em conta sua história individual, tanto quanto seu contexto social e sua época cultural. Portanto, o sentido do indivíduo se formará no decorrer da vida e com suas experiências legitimadoras, pois de acordo com o existencialismo sartreano a “existência precede a essência”. Este estudo irá esclarecer como o sentido de vida está diametralmente interligado a noção que o indivíduo possui da sua compreensão de pertencimento ao mundo, a aplicação dos seus mecanismos de defesa do ego, a construção de Eu Ideal e do Ideal do Eu, que são muito perceptíveis na fase adulta, uma vez que existe um construto histórico do sentido de vida a qual se incluí também a definição de produção, os ideais massivos e maníacos. Conforme a psicanálise tanto para Freud quanto para Erick Erikson a teoria é um método que permite o estudo do processo no qual uma pessoa chega a desempenhar o papel social que lhe foi imposto, assimilando-o, sufocando-se nele, ou rejeitando-o, na medida em que as vivências deste sujeito desde sua infância são fundamentais para se entender o sistema social. Assim sendo, a intenção deste artigo é a compreensão e esclarecimento dos sintomas psicopatológicos desenvolvidos pelo pacto-social imposto e proposto como ideal de vida que configura o sentido existencial da mesma, uma vez que o ser - humano é constantemente atravessado pela validação do outro, portanto o intuito deste estudo perpassa pelo fomento de uma prática terapêutica mais humanista.