REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 1 (2016)

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A APHRODISIA E O ERÓTICO NA GRÉCIA ANTIGA

Antonio Augusto Nogueira Matias, Wllysses Lemos Terra, Naiara Cristiane Silva, Maria Helena Rocha

Resumo


Este artigo trata da relação sexual entre homens na Grécia Antiga durante os séculos V e III antes da era cristã. Tem como proposta discutir a aceitação da população e das instituições gregas com relação à prática homossexual e realizar uma reflexão sobre a postura dos filósofos Platão e Aristóteles frente à homossexualidade. Destaca-se no texto a ideia de que a relação sexual entre um homem e um rapaz era aceita pelos os gregos. Estes não viam na relação homossexual um problema de ordem moral. Entretanto, o uso dos prazeres entre homens não deixava de trazer inquietações para a sociedade grega. Se a sociedade grega aceitava, com algumas restrições a relação homoafetiva, o mesmo não se pode dizer dos filósofos (Platão e Aristóteles) que consideravam esse tipo de relação antinatural. Platão, por exemplo, considerava a relação entre um macho com outro macho e de uma fêmea com outra fêmea, uma relação incontinente. A relação natural para ele é aquela que se dá entre homem e mulher para fins da geração. Aristóteles também não estava de acordo com a relação entre dois homens. O estagirita não via razão na relação homoafetiva, a não ser em duas circunstâncias: a superpopulação e o hábito adquirido na adolescência. Embora esses dois grandes pensadores tivessem reservas quanto às praticas homossexuais, não tiveram uma atitude preconceituosa e não se opuseram a essas práticas. A base do nosso estudo tem como pressuposto o livro “O uso dos prazeres” de Michel de Foucault. Nele, o filósofo e historiador trata do tema da aphrodisia e do erótico tendo como referência a Grécia dos tempos antigos.

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ISSN 2179-1589

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