A leishmaniose visceral é uma zoonose parasitária classificada como uma doença tropical negligenciada, causada por protozoários intracelulares obrigatórios do gênero Leishmania, sendo Leishmania infantum a principal espécie responsável por essa enfermidade no território brasileiro. Os sinais clínicos se manifestam de acordo com o grau de parasitemia e imunidade do hospedeiro. O diagnóstico envolve testes rápidos, testes parasitológicos e sorológicos. O tratamento tem custo elevado e são necessários cuidados constantes devido à possibilidade de retorno dos sinais clínicos. Estudos revelam que uma maior prevalência de leishmaniose entre a população canina, aliada às condições socioeconômicas precárias e à posse de cães, eleva a probabilidade de Leishmaniose Visceral Humana (LVH), tornando-se um risco para os humanos e gerando grande impacto na saúde pública A melhor forma de se combater a doença é através de medidas que visam o controle do vetor e proteção dos animais. O objetivo deste trabalho é descrever e analisar um caso clínico de Leishmaniose Visceral Canina, enfatizando os aspectos diagnósticos, tratamento e prognóstico. Foi atendido um cão da raça Pitbull, de 1 ano de idade, com histórico de aumento de volume abdominal, apatia e queixa de episódios de vômito e diarreia. Ao exame físico foi observado que o animal estava apático, temperatura corporal 40,0°C, mucosa hipocorada, frequência cardíaca: 150 BPM, frequência respiratória: 45 MPM. Os exames ELISA e RIFI confirmaram o diagnóstico de Leishmaniose Visceral Canina. O tratamento foi realizado com Alopurinol, Domperidona, Milteforan e Keravit. 

ISSN 2179-1589