Relato de Caso Clínico-Emagrecimento sem Terrorismo Alimentar
Resumo
Nos últimos anos, o emagrecimento tem se tornado um dos principais objetivos de saúde e estética para muitas pessoas, e essa busca pelo corpo ideal, que vem crescendo por influência das redes sociais, tem levado a um número crescente de pessoas a adotar dietas da moda. Através da pesquisa realizada por Passos (2020), podemos ver a efemeridade do interesse por essas dietas, mostrando o pico de entusiasmo por uma nova dieta em detrimento da anterior, sendo que esses picos de atenção ocorrem, sobretudo, entre setembro e janeiro com eminência nos meses próximos aos finais de ano, o que poderia ser descrito como uma espécie de “efeito verão” ou “efeito festividades de final de ano”
O tema é particularmente relevante, considerando os altos índices de sobrepeso e obesidade no Brasil, que têm se tornado problemas crescentes de saúde pública, impactando negativamente a qualidade de vida de milhões de pessoas. Entender como promover o emagrecimento de forma saudável, sem recorrer a métodos extremistas, é uma questão de saúde pública e também de qualidade de vida. Além disso, a crescente disseminação de informações pseudocientíficas nas redes sociais agrava ainda mais a situação. Dietas milagrosas e métodos extremistas são frequentemente promovidos sem embasamento científico, explorando o desejo das pessoas por resultados rápidos e perpetuando mitos que podem levar a práticas perigosas e insustentáveis. Essa desinformação não só dificulta a adoção de estratégias eficazes de emagrecimento, como também contribui para o aumento da frustração e do estigma em torno do peso corporal.
Em nosso círculo social e profissional, observamos casos recorrentes de amigos e familiares que adotaram dietas da moda, como a low carb extrema ou o jejum prolongado, em busca de resultados rápidos. Apesar de perderem peso inicialmente, muitos enfrentam dificuldades em manter o emagrecimento a longo prazo. Embora muitas dessas dietas ofereçam resultados iniciais aparentes, as dificuldades começam a surgir à medida que a rotina alimentar se torna insustentável. Relatos de cansaço, irritabilidade, dificuldade de concentração e até complicações metabólicas são comuns entre aqueles que seguem essas estratégias.
Além disso, a frustração gerada pelo reganho de peso, conhecido como "efeito sanfona", frequentemente resulta em um ciclo de desistência e retorno às dietas radicais, agravando os impactos físicos e emocionais.
Entender como promover o emagrecimento de forma saudável, sem recorrer a métodos extremistas, é, portanto, não apenas uma questão de saúde pública, mas também um passo essencial para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Isso inclui a necessidade de fomentar uma cultura de educação nutricional, desmistificando práticas nocivas e incentivando hábitos alimentares equilibrados que possam ser mantidos ao longo do tempo.
O objetivo deste trabalho é explorar alternativas ao emagrecimento baseadas em ciência e sustentabilidade, destacando a importância de hábitos alimentares equilibrados e a rejeição de dietas da moda. Além disso, o trabalho busca contribuir para a conscientização da população sobre o valor de mudanças comportamentais consistentes e sustentáveis, enfatizando a necessidade de acompanhamento por profissionais capacitados, como nutricionistas, para guiar o processo de emagrecimento de forma personalizada e ética. Assim, a proposta é transformar a relação com a alimentação em uma experiência positiva e duradoura, promovendo saúde física, emocional e social.
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