REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – UNIVERSO BELO HORIZONTE, Vol. 1, No 10 (2024)

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Epidemiologia e Controle da Esporotricose

VINICIUS MONTEIRO BEZERRA, Ana Clara da Silva Maia, Paulo Henrique Barbosa Coelho

Resumo


A esporotricose é uma micose subcutânea que se caracteriza pelo aparecimento de lesões nodulares dos tecidos cutâneos e subcutâneos, com supuração e ulceração, ocasionada por espécies de fungos dimórficos e geofílicos do complexo Sporothrix schenckii. A doença tem evolução subaguda a crônica e acomete seres humanos e animais. As formas clínicas mais comuns são a cutânea fixa e a linfocutânea, mas outras manifestações também são relatadas, como a extracutânea e a sistêmica. Por muitos anos, pensou-se que a esporotricose era causada por um agente apenas, porém estudos moleculares com diferentes amostras de S.schenckii relatam a existência de variações fenotípicas entre as linhagens fúngicas, caracterizando um complexo. Seus agentes etiológicos são fungos dimórficos e termotolerantes do complexo S.schenckii, os quais podem ser encontrados na forma filamentosa dispersos no solo, na vegetação, na água, na matéria orgânica ou na forma leveduriforme como parasita. Neste complexo, quatro espécies de relevância clínica são descritas: S.schenckii, S.brasiliensis, S.globosa e S.luriei. Além das diferenças fenotípicas e genotípicas, apresentam distribuições geográficas distintas. A esporotricose possui distribuição mundial, ocorrendo tanto em área rural quanto urbana, com prevalência em regiões de clima temperado e tropical. Há relatos de endemicidade na África do Sul, na Índia, na China, no Japão, no Peru, na Colômbia e no Brasil. Essa doença também está associada a casos clínicos esporádicos em países como Itália, Portugal e Grécia. No entanto, descreve-se a maioria dos casos nas Américas Central e do Sul.


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ISSN 2179-1589

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