Os CAI (Comportamentos Alimentares Irregulares), são hábitos que afetam a saúde. Realizar práticas que afetam de alguma forma a alimentação como, por exemplo, induzir vômitos, várias horas de restrição alimentar ou uso de medicamentos, como os laxantes, são exemplos de CAI. Em um contexto esportivo, a beleza e aparência são coisas bastantes valorizadas, tanto pelo público, tanto pelos atletas, principalmente quando se trata de provas de competições ou performance. Foi realizada uma pesquisa no comitê de ética e pesquisa em seres humanos na universidade de São Paulo. A mesma garantiu total sigilo e consentimento dos participantes para melhores resultados e preservação de dado dos colaboradores. Também, foram realizadas avaliações acerca do percentual de magreza. O resultado da pesquisa deu–se por atletas da ginástica artística que tinham entre 12 e 17 anos. Para ter participação, as atletas tiveram que presentar o TLCE assinado por um responsável e ter no mínimo 5 treinos na semana, com 2 horas de duração, também, ter participado de pelo menos 1 competição em 2013 e aceitar voluntariamente a participar. De 71 questionários enviados, tiveram 62 respostas de ginastas adolescentes e do sexo feminino, com idade média de 15 anos e 10 para a média de percentual de gordura. A avaliação foi realizada em base ao EAT-26 (Eating Attitudes Test) e teve uma boa consistência nos resultados. Os principais temas abordados foram, dieta, bulimia e preocupação com os alimentos e autocontrole oral. O resultado final do EAT-26 acontece pela soma dos itens e o ponto de corte sendo 21, menor que isso, indica comportamentos de risco para transtornos alimentares. Os resultados encontrados mostraram que 50% das atletas possuíam algum comportamento de TA. De acordo com Bruin, Oudejans e Bakker (2007) as atletas de ginástica artística seguem dietas rígidas para manter a estética corporal magra com o intuito de pontuar nas competições. É evitado o consumo de carboidrato e a comida é em pouca quantidade para manter o peso, mesmo que essas atitudes prejudiquem o seu rendimento. Aquelas que mesmo após restrições na alimentação não alcançarem o peso ideal acabam adotando ao método da CAI. Além disso, as atletas dessa modalidade devem ter a estatura baixa, o percentual de gordura abaixo dos dezoito e ser flexível. Francisco, Narciso e Alarcão (2012) alegam que as opiniões dos pais influenciam nas decisões tomadas pelas filhas. (FORTES; ALMEIDA; FERREIRA, 2013; FORTES et al., 2013). (BORTOLETO; BELLOTO; COSTA, 2007;

GARTHE et al., 2011). Conclui-se, portanto, que a influência familiar e o meio no qual os ginastas são inseridos podem influenciar seus hábitos alimentares de forma negativa, principalmente em esportes que usam a beleza das atletas e dos movimentos como meio de avaliação. Dançarinas e ginastas compõe cerca de 30 a 60% dos CAI, demonstrando o quanto essas atletas são pressionadas e influenciadas a seguirem padrões corporais e alimentares, muitas buscam por métodos de perder peso de forma rápida, indução do vômito, alimentação compulsiva. A influência das mídias sociais pode ser explicada através da aparência das atrizes e influenciadoras, pois são predominantemente magras, porém, segundo o artigo, a maior influência vem por parte dos treinadores, pais e colegas de equipe. Segundo fatos apresentados no artigo o percentual de gordura tem influência sobre o comportamento alimenta compulsivo e purgativo que induzem as atletas a Bulimia

ISSN 2179-1589