A falha do sistema prisional brasileiro é evidente, refletindo-se na superlotação, na falta de condições dignas de vida para os detentos, e na violência generalizada dentro das prisões. Diante desse contexto de abandono e desamparo por parte do Estado, surgiram facções criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), iniciando como uma ideia de que os detentos garantiriam sua segurança e defenderiam seus direitos que foram suprimidos pelo Estado. Essas facções foram criadas com propósitos que iam além da simples prática de crimes, buscando segurança entre os presos que se sentiam em uma terra sem lei, onde os presos matavam e cometiam todos os tipos de crimes uns contra os outros sem uma punição. Proteção contra abusos das autoridades carcerárias e uma forma de organização frente à negligência estatal. No entanto, ao longo do tempo, o poder e a influência dessas organizações cresceram, levando a se envolverem em uma variedade de atividades criminosas para além do ambiente prisional. Assim, embora tenham começado com objetivos mais nobres, as facções criminosas como o PCC e o CV hoje são responsáveis por uma série de crimes dentro e fora do sistema prisional, que vão desde o tráfico de drogas até o homicídio, representando um desafio contínuo para a segurança pública e a justiça social no Brasil.